Jair Bolsonaro decidiu ficar calado na Polícia Federal ao ser ouvido no inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado, mas confessou tudo na sua manifestação realizada na Avenida Paulista, ontem, 25/2.
Bolsonaro falou de improviso na manifestação e fez exatamente aquilo que todos os investigadores esperavam: produziu provas contra si.
Além da sua baixa estatura moral, Bolsonaro sempre foi reconhecido pela sua ínfima capacidade intelectual. Lamentavelmente, o abismo político no qual a operação Lava Jato meteu o país fez emergir no Brasil um indigente intelectual como indignação do povo brasileiro.
Não, não está se defendendo que a Lava Jato não havia encontrado corrupção. A questão é que os responsáveis pela sua condução, integrantes do sistema de Justiça, possuíam interesses políticos tal qual os investigados, e isso jamais pode ser permitido. Resultado: pela ganância, interesses políticos e sede de poder tudo o que foi descoberto poderá sair impune única e exclusivamente por conta dos investigadores. Simples assim.
Num Estado Democrático de Direito as regras são pré-estabelecidas e quem as descumpre precisa pagar o preço justo.
Mas voltando ao Agente do Golpe, Jair Bolsonaro não é aquele personagem que está sendo investigado e nas investigações foi encontrado um batom na cueca. Não!
Na manifestação da Paulista Jair entregou o batom e a própria cueca aos agentes da Polícia Federal.
Tentar apresentar uma defesa jurídica de improviso numa manifestação que inevitavelmente empolga qualquer agente político foi um dos maiores erros de Bolsonaro ao longo das investigações em que figura como principal Agente do Golpe.
Ao confessar publicamente que manuseou a minuta do golpe, tentando criar uma tese jurídica fajuta para sua existência, Bolsonaro antecipou as investigações criminais e retirou a tese dos seus advogados de que ele não sabia da existência das conspirações golpistas.
De fato, a manifestação de ontem, na Paulista, entregou tudo aquilo que as pessoas sóbrias poderiam esperar. Parabéns aos envolvidos. Foi um espetáculo. E tudo devidamente fotografado e filmado, como queria o Jair.
Em outros tempos, quando ainda era deputado federal, se Jair fosse entrevistado pelo CQC para falar o que ele achava das declarações de Bolsonaro ontem na Paulista, fatalmente ele responderia: a Papuda te espera, talkey?
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Bolsonaro e Mauro Cid
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