O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná através de sua área técnica voltou a se manifestar nesta terça-feira (22) pela reprovação da prestação de contas da campanha eleitoral do senador eleito Sergio Moro (União Brasil-PR). No início de novembro, o setor já havia apontado ausência de documentos e inconsistências nos dados.
A defesa de Moro foi rejeitada pela segunda vez, para os técnicos, há infração grave nas prestações de contas do ex-juiz. Conforme o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a campanha de Moro gastou R$5.103.465,24. O relatório indica sete tipos de gastos que não teriam sido esclarecidos, além de fazer ressalva a outras três ocorrências.
O parecer pode abrir caminho para uma investigação mais rigorosa das despesas realizadas pelo ex-juiz no pleito deste ano.
As inconsistências apontadas pelo parecer de diligências foram mantidas no parecer conclusivo. Foram encontradas irregularidades no uso do fundo partidário; no fundo especial de financiamento de campanha; nas receitas arrecadadas; nas despesas; na prestação de contas; e, por fim, nos gastos com militância de rua e aluguel de veículos.
A campanha de Moro arrecadou R$ 5,1 milhões, a maior parte dos recursos oriunda do fundo partidário. A maior despesa da campanha do ex-juiz foi com um escritório de advocacia, que recebeu R$ 800 mil. A segunda maior (R$ 426 mil) foi com táxi aéreo.