Desinformação e fake news: O que são e como combater

Rafael Miyake, estagiário, sob supervisão de Yuri Siqueira
27/10/2022 21h09 - Atualizado em 27/10/2022 às 21h09

Desinformação e fake news: O que são e como combater
Mourizal Zativa/Unsplash
No período eleitoral, a desinformação e notícias falsas têm tomado conta do debate público. Candidatos, apoiadores e eleitores têm utilizado estes recursos para cooptar votos, receber mais apoios e tumultuar o pleito. Mas, você sabe o que são esses termos? Sabe como se proteger e como se informar corretamente?

Segundo o dicionário Oxford, a desinformação é a ação ou efeito de desinformar, é informação falsa, dada no propósito de confundir ou induzir ao erro. Já as fake news são notícias falsas, enganosas ou descontextualizadas, publicadas ou utilizadas com o objetivo de desinformar.


As fake news, em geral, se espalham a partir de redes sociais, como Facebook, Instagram, Twitter e TikTok, e aplicativos de mensagem, como WhatsApp e Telegram. As plataformas de mídias sociais, hoje, já possuem algumas ferramentas para acusar notícias falsas e impedir a propagação delas, mas os aplicativos de mensagens ainda são grandes proliferadores de desinformação com poucas ferramentas de combate.

Para quem tem o olhar mais atento, fake news são fáceis de desmascarar. Entretanto, nem todos conseguem perceber tão facilmente quando uma notícia é falsa ou verdadeira. Nesse caso, as ferramentas de pesquisa são as melhores amigas da informação.

Como descobrir uma fake news e se proteger da desinformação

Ao ver uma notícia que parece estranha,não parece ser verdadeira ou, até mesmo, é boa demais para ser verdade, aproveite o potencial de sites como o Google. Pesquise a manchete e palavras chave da notícia, e verifique se portais de notícias grandes e confiáveis já publicaram a mesma coisa.

É importante também checar a fonte. As fontes de um trabalho de jornalismo sério sempre estão claras. Não confie em portais que não informam nenhuma fonte, nem em reproduções de textos com fontes pouco confiáveis, como portais desconhecidos, com poucas notícias ou enviesados. 

Verifique também se há, no texto, a citação de alguma autoridade. A partir daí, pesquise sobre aquela autoridade: se existe realmente, se falou aquilo, se trabalha naquele local ou se realmente tem autoridade para falar sobre o tema.

Procure sobre aquela notícia, se estiver viralizada, em agências de checagem de fatos, como a Aos Fatos ou a Agência Lupa, agências nacionais que atendem aos requisitos da  International Fact Checking Network (IFCN), parte do Poynter Institute, um dos mais renomados centros de formação e aprimoramento do jornalismo.

No caso de notícias sem contexto, é mais complicado. Elas provavelmente atenderão à grande maioria dos requisitos acima, e geralmente são verdadeiras, mas muitas vezes representam um outro momento da história, uma outra forma de análise ou outro entendimento profissional.

Neste caso, é necessário ter um olhar atento às datas, pessoas envolvidas e forma de análise de dados. Ler os textos com atenção e compreender o que está escrito é essencial.

Acompanhe jornais e jornalistas que trabalham em prol da verdade. O jornalismo sério é feito com informação, apuração e checagem. Boatos, mentiras e descontextualizações são formas não apenas de desinformar, mas de censurar e impedir o acesso da população em geral à informação de qualidade e relevante.

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