Na última sexta-feira (23), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) anunciou que o Teste de Integridade das Urnas Eletrônicas ganhará mais uma etapa nas eleições 2022. O chamado “Projeto Piloto com Biometria”, visa avaliar o funcionamento da biometriadentro do processo eleitoral e contará com a utilização de biometria de eleitores voluntários.
De acordo com o juiz eleitoral Marcus Alan Melo, presidente da Comissão de Auditoria da Votação Eletrônica (Cave), hoje, há três tipos de testes que integram a auditoria da votação eletrônica.
O primeiro é o chamado teste de autenticidade, que objetiva verificar a regular instalação dos sistemas da urna e ocorre instantes antes da votação ser iniciada. Neste ano, esse teste será aplicado em oito urnas de Belém, que serão escolhidas ou sorteadas no dia anterior ao pleito.
O segundo teste é o de integridade das urnas, que, neste ano, será aplicado em 25 urnas, sendo 15 de Belém e 10 de Marabá. O objetivo é assegurar que o funcionamento da urna ocorre de maneira regular, a partir de um software desenvolvido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “Trata-se de uma simulação do funcionamento de uma seção eleitoral, só que com o acréscimo do sistema desenvolvido especialmente pra isso. A finalidade do procedimento é demonstrar a integridade do funcionamento da urna, garantir ao eleitor que o voto que ele insere na urna é o mesmo que é registrado”, explicou o juiz.
O terceiro e mais recente teste é o de integridade com a biometria, onde os eleitores serão convidados a contribuir, de maneira voluntária, com a sua biometria para atestar que ela funciona de maneira correta. Nesse caso, o teste será realizado em duas urnas, que também serão sorteadas na véspera do pleito do dia 2. Por enquanto, já está definido que elas pertencerão à 73ª Zona Eleitoral.
“Essa Zona conta com três seções eleitorais e nós vamos sortear duas para participar do projeto. O eleitor que já tiver votado vai ser convidado para dar a sua biometria e liberar uma outra urna que nós vamos montar lá com a sua biometria. A finalidade é demonstrar que a biometria funciona. Todos esses testes serão públicos e transparentes, em locais de acesso público, então, qualquer pessoa que quiser fiscalizar pode se dirigir a esses locais porque o objetivo é dar a maior publicidade e transparência possível ao processo eleitoral”, completou.
(Por Luciana Carvalho, estagiária sob supervisão do jornalista Yuri Siqueira)