16/08/2022 às 14h32min - Atualizada em 16/08/2022 às 14h32min
Região Norte apresenta alta da cesta básica no primeiro semestre de 2022
Leite Longa Vida, feijão, farinha de trigo, sabonete e sabão em pó são os vilões da inflação
Jefferson Machado, estagiário, sob supervisão de Yuri Siqueira, jornalista.
A associação Brasileira de Supermercados (Abras) divulgou no dia, 11, deste mês que a cesta básica da região norte fechou o primeiro semestre de 2022 custando, em média R$ 833, 64. O levantamento, considerou 35 produtos, sendo a grande maioria, alimentos e alguns itens de higiene e limpeza.
Jorge Portugal, Presidente da Associação Paraense de Supermercados do Pará (Aspas), revelou que um dos custos é o frete, como um dos fatores, do aumento do preço da cesta básica paraense. Para Portugal mais de 80% dos itens de maior consumo da cesta vem de outras regiões, em especial, do sudeste e nordeste brasileiro. O Presidente da associação declarou, contudo, que está otimista para o segundo semestre de 2022.
Portugal observa que, nesse mês de agosto, a uma expectativa de redução de preços da cesta básica, por causa da deflação, como também, a baixa de insumos caros, como preço do combustível e da energia elétrica, e mesmo de alguns produtos, como a soja, óleo de soja, arroz e feijão.
Segundo a Abras, a Região Norte apresentou a alta da cesta básica no primeiro semestre de 2022 de 8,38, acumulado de doze meses 12%; isso, até o último mês de junho. No paralelo entre os meses de maio (R$ 831,44) e junho (R$ 833,64), a variação foi positiva, na ordem de 0,26%. Ainda de acordo com o comparativo de preços de cestas regionais produzido pela Abras, de itens de largo consumo, a Região Sul registrou R$878,74 (13,69%) no semestre e + 21,35% (+11, 90% no semestre e +18,98 em doze meses); Região centro-Oeste: R$ 703, 06 (+9,42% no semestre e + 14,98 % em doze meses) e Região Nordeste R$ 691,63 (7, 63% no semestre e +16, 10% em doze meses).
A Abras exibiu que as altas mais expressivas e que tiveram maior impacto na cesta, entre os meses de maio e junho são: Leite Longa Vida (+10, 72%), feijão (+9,74%, farinha de trigo (+3,00 %), sabonete (+2,64%) sabão em pó (+2,51%). Comparação das Maiores Altas entre junho e maio de 2022
ACUMULADO
PRODUTO JUNHO X MAIO NO ANO / EM 12 MESES
LEITE LONGA VIDA 10,72% 41,77% 40,68%
FEIJÃO 9,74% 40,97% 31,71%
FARINHA DE TRIGO 3,00% 24,63% 35,39%
SABONETE 2,64% 15,62% 32,72%
SABÃO EM PÓ 2,51% 13,40% 26,94%
Comparação das Maiores Quedas entre junho e maio de 2022
ACUMULADO
PRODUTO JUNHO X MAIO NO ANO / EM 12 MESES
CEBOLA -7,06% 48,13% 47,24%
BATATA -3,47% 55,81% 74,16%
TOMATE -2,70% 10,52% 72,77%
CARNE DIANTEIRO -1,48% 3,29% 0,43%
ARROZ -0,76% 1,81% -12,10%
O estudo abrange todas as regiões do país e 325 unidades supermercadistas. A tabela foi elaborada, por meio da parceria entre a Abras e a Gfk (empresa de estudos de mercados e consumidores). A pesquisa observa as oscilações de preços e gastos familiares em lojas de supermercados, bem como, os motivos destas variações, principais tendências, consolidando uma cesta de produtos de consumo, de forma a quantificar o gasto familiar mensal de alimentos básicos.