O Brasil iniciava 2023 com uma posse tranquila do novo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, após quatro anos de insanidade que estava instalada no Palácio do Planalto com aquele que conspirou incessantemente contra a democracia brasileira, o inelegível Jair Bolsonaro.
Contudo, em 8 de janeiro, o país presenciou cenas estarrecedoras de milhares de pessoas invadindo as sedes dos três poderes da República em Brasília numa tentativa de tomada do poder. E tais atos representavam o resultado final de um incentivo permanente que perdurou por quatro anos, não apenas explicitamente, mas também pelo submundo das redes sociais, pelos cantos dos gabinetes do mais alto escalão da República, bem como entre alguns dos maiores empresários brasileiros.
Mas a tentativa de golpe não deu certo e a Democracia brasileira se fortaleceu, até mesmo com a participação de muitos daqueles silenciaram quando o ex-presidente Jair Bolsonaro elevava perigosamente o tom dos seus discursos para instalar o caos e a desordem no Brasil.
Isolando esse exemplo preocupante e lamentável da nossa história, o que se viu no restante do ano em termos de relações entre os Poderes da República foi um cenário de normalidade institucional, com disputas de espaços e debates sobre políticas públicas dentro daquilo que podemos chamar de civilidade, com alguns raras exceções, em decorrências de algumas frutas podres geradas pelo ex-presidente Bolsonaro que ainda se encontram no Congresso Nacional.
Bastou o caos sair da presidência da República para os indicadores econômicos melhorarem, com inflação controlada e o Real valorizado. Com a volta da estabilidade institucional em 2023, o Brasil saiu da 12ª posição entre as maiores economias do mundo para a 9ª posição, desbancando o Canadá.
Os brasileiros deixaram de assistir cenas diárias de lamentáveis agressões proferidas pelo seu presidente da República naquele insano cercadinho montado em frente ao Planalto, o qual servia de fonte de inspiração para o inelegível ex-presidente Bolsonaro criar crises institucionais internas e inúteis desavenças internacionais com nações historicamente amigas do Brasil.
É reconfortante ver as mais altas autoridades da República manifestando-se publicamente para propagarem o planejamento ou execução de políticas públicas que contribuirão para o desenvolvimento de nossa sociedade, diferentemente de quando os ocupantes desses cargos utilizavam os espaços na imprensa ou rede social apenas para disseminar desordem, caos e espalhar a discórdia na sociedade, criando propositalmente um ambiente de guerra para sempre deixar sua milícia digital ativa.
É bom saber que as atuais autoridades da República não se orgulham de saber que o Brasil havia se tornado um pária mundial. Agora, o Brasil voltou a ser respeitado mundialmente e voltou a ser um país emergente com destaque entre os países do sul global.
As atuais autoridades nacionais voltaram encarar os grandes desafios e dificuldades em implementar determinadas políticas públicas com responsabilidade e dentro do jogo político democrático, especialmente na relação com o Congresso Nacional, e não criando crises artificiais no intuito de gerar o caos permanente. Isso, por si só, já é um grande passo para o Brasil encontrar a solução para os problemas que verdadeiramente importam a sociedade brasileira.
Mas é preciso seguir vigilante, pois o ovo da serpente ainda está inserido na sociedade brasileira e infelizmente ainda soa como uma ameaça real.
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