Faz parte da cartilha de qualquer ditador enfraquecido em seu país, bem como de superpotências militares o uso de uma velha estratégia para tentar aumentar a popularidade interna: a criação de um inimigo externo e a declaração de guerra.
A receita é basicamente a seguinte: o “líder” que está enfraquecido em sua popularidade tenta aumentar seu apoio popular criando um inimigo externo e passa a utilizar seu forte poder de comunicação para entronizar no subconsciente da sociedade que é preciso se unir em torno daquela pauta (guerra), o que leva, consequentemente, ao apoio aquela autoridade.
Lamentavelmente, a América do Sul está vivendo um momento delicado no qual um ditador recorreu exatamente a esse artifício megalomaníaco de colocar sua própria população em risco apenas para atender ao seu objetivo político. Está se falando do autocrata Nicolás Maduro, que está no comando da Venezuela desde 2013. Maduro vê sua oposição na Venezuela crescer substancialmente e há tempos sofre forte pressão de líderes regionais da América do Sul que almejam ver a população venezuelana viver sob um regime democrático, e não em uma ditadura que só produz miséria e opressão ao povo.
Para tentar criar movimentos políticos internos na Venezuela visando as eleições de 2024, Maduro está criando uma instabilidade absolutamente abominável em toda a América Latina ao vociferar que pretende anexar Essequibo, um território pertencente à Guiana, aos domínios venezuelanos, trazendo o fantasma de uma das maiores irracionalidades humanas para as fronteiras do Brasil: a guerra.
Além de um autocrata desprezível, como todos os demais, a postura de Nicolás Maduro em instigar guerra nas fronteiras do Brasil ainda o torna um agente político indigno de solidariedade de outras autoridades internacionais, como é o caso do presidente Lula, que, desde que venceu as eleições em 2022, atua para desfazer as sanções impostas pelos Estados Unidos à Venezuela, em resposta ao que os norte-americanos consideram ações antidemocráticas.
É um apena que as sanções contra a Venezuela atinjam a população como um todo, especialmente a parte mais carente, e não propriamente a autoridade que se pretende atingir, visto que esta continuará usufruindo dos benefícios que o poder lhe proporciona.
Todo autocrata é uma má influência para os países democráticos, especialmente nos tempos atuais, pois serve para alimentar grupos extremistas nos países que vivem em Democracia.
O Brasil escapou de mergulhar num abismo recentemente e ter seu próprio autocrata, aquilo que a Venezuela tristemente experimenta desde 2013 com Maduro, e anteriormente com Hugo Chaves.
Espera-se que a América Latina não seja arrastada para um ambiente de guerra para atender aos caprichos de um lunático que pretende unicamente se perpetuar no poder em seu pobre país.
Nicolás Maduro
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