25/08/2023 às 14h22min - Atualizada em 25/08/2023 às 14h30min
Dia do Feirante: é marcado por denúncias dos trabalhadores de feiras na capital
Não há motivos para comemorações devido à situação precária em que se encontram muitas das feiras.
Da redação - com informações de O Liberal
Igor Mota O Dia do Feirante é celebrado anualmente no Brasil neste 25 de agosto, data escolhida em homenagem aos trabalhadores que comercializam produtos em feiras livres. No entanto, na capital paraense, não há motivos para comemorações devido à situação precária em que se encontram muitas das feiras, como a do bairro do Guamá, onde os trabalhadores reclamam do abandono e das péssimas situações da locação.
Um dos bairros mais populosos de Belém, o Guamá, também possui uma das feiras com o maior fluxo de vendedores e consumidores da capital paraense. Esses trabalhadores dizem sofrer com o descaso e a condição inadequada ao qual são obrigados a trabalhar todos os dias. Reginaldo Batista do Espírito Santo, que vende verduras e legumes há mais de 10 anos no local, diz que as reclamações são muitas.
"A gente não tem outra alternativa, somos obrigados a trabalhar aqui. Aqui tá apertado, o fluxo de pessoas é grande, a feira não está estendida como deveria ser. Mas todo mundo tá trabalhando por causa da necessidade. A gente tem que orar e pedir para Deus que essa reforma apronte ou se adiante logo. Estamos há vários meses aqui e essa reforma ainda nem começou. Agora que eles estão fazendo a limpeza e depois de limparem tudo que vão resolver o que fazer com o pessoal aqui. Pelo visto, esse caos aqui vai ficar por mais um ano", reclama.
O feirante diz que gostaria de ter um espaço maior, que contemplasse também os outros feirantes, mas infelizmente todos tem que sobreviver da maneira que foi estabelecido pela prefeitura. "O nosso plano é que fosse amplo para todos. Esse é o espaço que eles estabeleceram e não temos como fugir. Quando dá 10 horas da manhã o fluxo é imenso. Como já estamos aqui, temos que aceitar", diz.
Precariedade - A feirante Santana Sarraf também relata que a situação em que os trabalhadores foram alocados é péssima. “Eu acho que não foi feito um planejamento correto para que nós ficássemos e também tivesse condições para o público que vem para feira comprar as mercadorias. Como dá para perceber, são péssimas condições, estamos abandonados. Tem mais de 200 feirantes alocados neste espaço que antes era uma rua. Toda hora fica passando pessoas com bicicleta, carros de lanche e até carrinho de crianças, então não tem como atender direito”, relata.
Os problemas apontados pelos feirantes também são observados pelo consumidor Cláudio da Silva Leal, de 68 anos. Ele mora próximo a feira do Guamá e costuma ir todos os dias até o local. Ele afirma que a situação é muito complicada. “É difícil. Eles improvisaram essas barracas e, além de ser pequena e não dar condições para as pessoas trabalharem, o corredor vive cheio de entulho. Aqui, só passa uma pessoa, é uma agonia, calor, toda hora tem uma confusão. Às vezes deixam uma bicicleta daqui e vem outra de lá”, denuncia.
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