21/09/2022 às 09h38min - Atualizada em 21/09/2022 às 09h38min

Cresce 11 vezes a extração ilegal de madeira em terras indígenas do Pará

De acordo com o levantamento, Amanayé, localizada no município de Goianésia do Pará, foi o território mais impactado

Amaral Rosa, estagiário sob supervisão de Yuri Siqueira, jornalista

Agência Brasil
Segundo o estudo, a extração de madeira no Pará aumentou de 158 hectares no período de agosto de 2019 a julho de 2020 para 1.720 hectares entre agosto de 2020 e julho de 2021. Os dados foram divulgados em um levantamento do Sistema de Monitoramento da Exploração Madeireira (Simex), integrada atualmente por Imazon, Imaflora, Idesam e ICV.

A rede também analisou o número de terras indígenas invadidas pela atividade ilegal. Segundo a publicação, cinco territórios tiveram extração madeireira entre agosto de 2020 e julho de 2021. O território mais atingido foi o Amanayé no município de Goianésia do Pará, com 1255 hectares desmatados.


A segunda terra indígena mais desmatada no Pará foi a Baú, com 205 hectares (12%). A TI Sarauá, no município de Ipixuna, foi a terceira mais impactada neste ano, com a destruição de 117 ha.  As outras duas são a Cachoeira Seca, com 94 ha (5%) e da Anambé, com 49 ha (3%). Em agosto passado, o Pará liderou o desmatamento na Amazônia, com a supressão total de 647 km² de floresta, seguido pelos estados do Amazonas e Acre.

Em 2018, o Ministério Público Federal ajuizou ação civil pública para exigir que a União exerça sua função de fiscalizar e retirar os invasores, alertando que a madeira ficou escassa e as terras já estavam sendo foco de queimadas para plantio.

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