A Promotoria de Justiça de Portel implantou um grupo reflexivo voltado a homens envolvidos em casos de violência doméstica, com foco na reeducação e prevenção de novas agressões. A iniciativa, com duração de seis meses por ciclo, contará com encontros quinzenais conduzidos por equipe técnica e visa promover mudanças de comportamento por meio de discussões sobre masculinidade, comunicação não violenta e igualdade de gênero.
A Promotoria de Justiça de Portel, município localizado na região do Marajó, deu início à implantação de um Grupo Reflexivo voltado a homens envolvidos em casos de violência doméstica. A medida foi formalizada pela Portaria nº 24/2025-PJP, assinada pelo promotor de Justiça Ronaldo Carvalho Bastos Júnior, e integra um projeto institucional do Ministério Público do Pará.
Com encontros quinzenais e duração de seis meses por ciclo, o grupo será formado por homens encaminhados judicialmente, por determinação de medidas protetivas, além de voluntários. A proposta vai além da penalização e busca promover uma transformação no comportamento dos participantes, com foco na responsabilização crítica e no rompimento de padrões violentos nas relações interpessoais e de gênero.
Encontros com foco em reeducação e prevenção
Os encontros serão conduzidos por uma equipe técnica multidisciplinar e abordarão temas como masculinidades, comunicação não violenta, paternidade responsável, igualdade de gênero e o ciclo da violência. As sessões terão a participação direta do promotor responsável pelo projeto e ocorrerão com base em metodologias de justiça restaurativa e educação em direitos humanos.
A ação é realizada em articulação com o Núcleo de Proteção à Mulher (NPM/MPPA), o Centro de Apoio Operacional dos Direitos Humanos (CAODH/MPPA) e parceiros locais, integrando-se à rede de apoio à mulher em Portel. O grupo também está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS 5) da Agenda 2030 da ONU, que visa promover a igualdade de gênero e o fim da violência contra mulheres.
De acordo com o promotor Ronaldo Bastos, a prioridade é a prevenção. “Queremos formar homens conscientes do impacto de suas atitudes, para que não voltem a cometer atos violentos e possam contribuir para uma convivência mais segura em suas comunidades”, afirmou.
A previsão é que o primeiro ciclo de encontros seja iniciado ainda no primeiro semestre de 2025.
Fonte: MPPA
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