Em Belém, a Escola Estadual de Tempo Integral Bilíngue de Surdos Prof. Astério de Campos tem se destacado pela proposta inclusiva de ensino voltada para estudantes surdos. A unidade adota a Língua Brasileira de Sinais (Libras) como base da alfabetização e promove o aprendizado com materiais visuais e adaptados, respeitando as particularidades linguísticas dos alunos. Professores fluentes em Libras conduzem as aulas com recursos didáticos acessíveis, reforçando a importância de uma educação pública mais inclusiva e próxima da realidade paraense.
Além do Ensino Fundamental, a escola oferece EJA, Atendimento Educacional Especializado (AEE) e participa de programas como o Prepara Pará e Prova Saeb, todos adaptados para Libras. A instituição também desenvolve oficinas e projetos que valorizam a cultura surda e incentivam o protagonismo dos estudantes. O trabalho realizado na capital do Pará mostra como é possível garantir acessibilidade e equidade no ensino público, ampliando as oportunidades para crianças, jovens e adultos surdos da região.
A acessibilidade na educação tem ganhado novos contornos em Belém. Na capital paraense, a Escola Estadual de Tempo Integral Bilíngue de Surdos Prof. Astério de Campos é hoje referência no atendimento educacional especializado a estudantes surdos. Localizada na Região Metropolitana de Belém, a unidade adota a Língua Brasileira de Sinais (Libras) como base da alfabetização e promove o ensino com recursos adaptados às necessidades de aprendizagem.
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Voltada para o ensino bilíngue, a escola integra Libras e Língua Portuguesa desde os primeiros anos do Ensino Fundamental. A proposta pedagógica busca garantir o direito à educação inclusiva, respeitando a identidade linguística dos estudantes. Professores fluentes em Libras conduzem as aulas com o apoio de jogos, imagens e materiais visuais, assegurando que o conteúdo chegue de forma acessível a todos os alunos.
Os materiais utilizados são desenvolvidos no âmbito do programa "Alfabetiza Pará", que atua em diversas escolas do estado. No caso da Escola Astério de Campos, os conteúdos passam por adaptações específicas para o contexto visual dos estudantes surdos, com foco em uma aprendizagem mais efetiva e culturalmente conectada à realidade paraense.
"A maioria dos livros didáticos tem uma forte base fonológica, o que exige adaptações para que o conteúdo seja compreendido pelos estudantes surdos. Utilizamos imagens e recursos visuais, especialmente nas turmas dos anos iniciais", comenta a professora Janete Bastos, que leciona no 2º ano.
Além das turmas regulares do Ensino Fundamental, a unidade também oferece Educação de Jovens e Adultos (EJA), Atendimento Educacional Especializado (AEE) e participação em programas como Prepara Pará, Fluência Leitora, SisPae e Prova Saeb, todos com adaptações em Libras. A matriz curricular é planejada com base em acessibilidade, permitindo que disciplinas como Matemática, Biologia e Língua Portuguesa sejam compreendidas também em Libras.
"Nenhum estudante fica de fora. Todas as disciplinas são adaptadas, e a Libras está presente em todas as atividades pedagógicas", ressalta a diretora Francismara Pamplona.
Outro destaque da escola é o fortalecimento da cultura surda por meio de oficinas e projetos que envolvem alunos, familiares e a comunidade. O uso cotidiano da Libras dentro e fora da sala de aula contribui para o protagonismo dos estudantes, além de promover respeito à diversidade.
Em um cenário onde a inclusão ainda é um desafio em muitas redes de ensino do Brasil, a experiência vivida em Belém mostra como uma educação pública acessível e bilíngue pode transformar realidades.
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