No último sábado, 23, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou que a nova varíola do macaco como uma “emergência de saúde global”. Segundo o Ministério da Saúde, até o final da tarde desta quarta-feira, 27, o Brasil já registrou 978 casos em 16 estados. No Pará ainda não houve registros da doença.
A decisão da OMS em classificar a doença como uma “emergência de saúde global” tem o objetivo de elevar os investimentos dos países para buscar o tratamento e avançar as pesquisas para produção de uma vacina para combater o vírus.
Manifestado geralmente de forma leve, a varíola dos macacos é uma infecção causada por um vírus e os principais sintomas apresentados são: febre, dores de cabeça, musculares e nas costas, calafrios, exaustão e gânglios inchados. Segundo a OMS, a cada três pacientes, um apresenta erupção cutânea em várias regiões do corpo. A doença geralmente dura entre 15 e 30 dias.
Segundo médico infectologista, André Luis Larrat, os cuidados no Pará devem ser tomados para não iniciar uma onda de transmissão na região. Segundo ele, o patógeno do vírus ainda não foi identificado de forma oficial como uma doença sexualmente transmissível, mas o vírus pode ser passado por contatos físicos com a pele do infectado.
“Como ainda sabemos pouco desse vírus, precisamos tomar vários cuidados até entender como é a forma real de transmissão. Por isso devemos estar alertas sobre pessoas com sintomas como febre, dores e calafrios, e principalmente evitar contato com pessoas que tenha apresentado as erupções na pele”, relata o infectologista.