“Gente pelo amor de Deus, como é que a gente vai atravessar desse jeito? Eu não vou entrar num negócio desse. Quem sabe um barquinho não atravessa a gente”. Essa foi a fala de desamparo de uma passageira que se viu impossibilitada de enfrentar as águas que avançaram sobre o flutuante que serve de apoio à balsa de desembarque.
Para a tristeza da passageira, o barquinho não chegou. O jeito foi arregaçar as calças e atravessar com os pertences suspensos pelas mãos. Teve até bicicleta sendo atravessada no ombro. O fato aconteceu na madrugada de hoje (14) e prejudicou especialmente a vida de quem precisou chegar cedo para afazeres em Belém.
O trapiche de Icoaraci
Em 1º de julho de 2021, a Secretaria Municipal de Urbanismo (Seurb) concluiu o que chamou de reforma emergencial do trapiche. Na época, o flutuante chegou a ser redimensionado e acoplado a uma rampa maior e mais confortável, junto com um novo guarda-corpo e defensores, para garantir mais conforto e segurança aos moradores, veranistas e turistas da ilha de Cotijuba.
A reforma aconteceu porque no dia 30 de junho do mesmo ano, o flutuante afundou mesmo após reforma feita ainda na gestão do prefeito Zenaldo Coutinho, cuja obra teria custado cerca de 1 milhão aos cofres públicos.
Importa lembrar que o trapiche é essencial no serviço de transporte entre Belém e ilhas como a de Cotijuba. Diariamente, centenas de passageiros trafegam pelo local.
Posicionamento da Seurb