Resultados de monitoramento da pesca de pirarucus são apresentados a comunidades de Santarém
Assembleias comunitárias foram realizadas nas comunidades Projeto de Assentamento Agroextrativista - PAE Tapará, em Santarém.
Carlos Yury - com informações de G1 Tapajós
26/05/2023 12h01 - Atualizado em 26/05/2023 às 12h01
Sapopema / Divulgação
Comunidades do PAE Tapará, região de várzea de Santarém, oeste do Pará, receberam a equipe técnica da Sociedade para a Pesquisa e Proteção do Meio Ambiente (Sapopema) para assembleias comunitárias de apresentação de resultados do monitoramento populacional e da pesca do pirarucu. Os encontros foram realizados nas comunidades de Pixuna do Tapará e Tapará Miri.
Com assessoria técnica, pescadores e pescadoras analisam os resultados e desafios da atividade de manejo, e também discutem estratégias para o próximo ciclo produtivo.
“Essa é uma oportunidade que a comunidade e a equipe técnica podem avaliar os resultados do monitoramento, como por exemplo, quanto foi pescado de pirarucu nesse último ciclo de pescaria, se essas pescarias cumpriram a cota sustentável de pesca, quanto foi a produção comercializada, faturamento/receita em torno dessa comercialização”, explicou a bióloga Poliane Batista.
Durante o ano, a Sapopema em parceira com as comunidades representadas pelas suas respectivas associações, promovem o monitoramento da pesca do pirarucu. Os registros das pescarias, demonstraram que em 2022, na comunidade de Tapará Miri, foram comercializados 9.834 kg de manta fresca de pirarucu, o que gerou uma receita de R$ 136.393,00. Já na comunidade de Pixuna foram comercializados 4.899 kg de manta fresca, o que gerou uma receita de R$ 73.540,00.
Anualmente, também é realizado o procedimento de contagem de pirarucus, onde os pescadores demonstram sua habilidade de contar quando observam e escutam a boiada do pirarucu no momento em que ele vem à superfície da água realizar a sua respiração aérea. Somente pirarucus maiores de 1 metro são contados, sendo classificados em duas categorias: juvenis (bodecos) (1-1,5 m) e adultos (>1,5 m).
Em três lagos contados da comunidade de Tapará Miri foram verificados um total de 1.705 pirarucus, sendo 751 (46 %) bodecos e 954 adultos (54 %). Em Pixuna, também três lagos foram contados e houve o registro de 842 pirarucus, sendo 375 (45 %) bodecos e 467 adultos (55%).
Os registros são fruto da estratégia de assistência técnica da Sapopema que apoiada por seus parceiros, como a TNC, proporciona assessoria para comunidades, com objetivo de fortalecer as iniciativas de manejo sustentável. Em 2022, o monitoramento ganhou reforço com a estruturação do Programa de formação de monitores para o manejo da pesca, onde jovens foram capacitados para o registro das informações nas próprias comunidades.
ACOMPANHE O JORNAL PARÁ
Quer ficar bem-informado sobre os principais acontecimentos do Pará e do Brasil? Siga o Jornal Pará nas redes sociais. O JP está no Instagram, YouTube, Twitter e Facebook.