28/02/2023 às 17h30min - Atualizada em 28/02/2023 às 17h30min
PF apura ação de servidores públicos para favorecer empresa em processos minerários em Belém e Marabá
Jornal Pará
Divulgação/ PF Nesta terça-feira (28), a Polícia Federal deflagrou a Operação Grand Canyon II, com o objetivo de cumprir nove mandados de busca e apreensão contra três funcionários da Agência Nacional de Mineração (ANM), uma mineradora e seus dois sócios. A operação visa também o afastamento dos servidores públicos investigados, por suspeita de associação criminosa, corrupção passiva, corrupção ativa e advocacia administrativa.
O nome Grand Canyon II foi escolhido devido à forma como os crimes sob investigação foram executados, que é semelhante ao modus operandi da Operação Grand Canyon, conduzida pela Polícia Federal em 2015. Naquela ocasião, descobriu-se que servidores do Departamento Nacional de Produção Mineral no Pará (DNPM/PA) estavam agindo de forma ilegal em processos minerários para atender aos interesses de empresas mineradoras, em troca de propinas.
A empresa investigada está sendo beneficiada pelos mesmos procedimentos ilícitos até o momento, inclusive com a participação de um servidor da atual ANM, que já foi indiciado na Operação Grand Canyon.
A 3ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Pará emitiu as medidas cautelares, e cerca de 40 agentes da Polícia Federal foram mobilizados para cumpri-las em diferentes estados do Brasil, incluindo Pará, Goiás e Distrito Federal.
A investigação começou com uma denúncia de uma mineradora que foi prejudicada pela atuação ilegal dos funcionários da ANM em processos minerários em benefício da empresa investigada, que se acredita ser uma empresa de fachada, pois não possui endereço registrado, frota de veículos ou vínculos empregatícios.
Um dos servidores investigados chegou a atuar como advogado da mineradora beneficiada até meados de 2022, nos mesmos processos minerários que estão sob investigação atualmente. ACOMPANHE O JORNAL PARÁ
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