Dia internacional de luta contra a LGBTIfobia é marcado por ações em Belém

Para os serviços, a ação promovida pela ONG Olivia conta com a presença do Laboratório de Virologia, do Grupo de Estudo e Pesquisa de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) na Amazônia e do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Pará.

ONG Olivia promove ações no dia de luta contra a LGBTIFobia em parceria com a UFPA.

A sede da ONG Olivia, no Campus Guamá da UFPA é o ponto de encontro hoje para os serviços ofertados neste 17 de maio em alusão ao Dia internacional de luta contra a LGBTIfobia. Por lá, serão realizados testes para análise de doenças sexualmente transmissíveis, serão oferecidas vacinas e ainda haverá verificação de pressão arterial, além de muita conversa sobre o dia e a temática.

Toda a ação é parte do projeto "Prevalência e incidência de infecções sexualmente transmissíveis em mulheres profissionais do sexo (MPS), homens que fazem sexo com homens (HSH) e mulheres transgênero (MT) dos Estados do Pará e Roraima, região Norte do Brasil", aprovado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e coordenado pelo Prof. Dr. Luiz Fernando, do Instituto de Ciências Biológicas da UFPA.

“A ideia é montar um grupo de pessoas para ficar sendo acompanhadas por um período de 18 meses, repetindo os testes de 6 ou de 9 em 9 meses. O objetivo é verificar a prevalência dos agravos no primeiro momento e depois verificar quantas pessoas foram infectadas nos 18 meses de acompanhamento. A ideia é começar hoje dia 17”, explica o professor.

Para o presidente da ONG Olivia, Marcos Melo, discutir políticas públicas para a população LGBTI+ é importante em datas representativas. “O dia 17 de maio marca um avanço muito importante para a população LGBTI+ a nível mundial relacionado à saúde dessas pessoas. Até duas décadas atrás, a homossexualidade era vista como uma doença. Hoje, nossa luta é para que a nossa saúde e os nossos direitos sejam garantidos. É uma luta pelas nossas vidas!”, garante.

LGBTIfobia

A LGBTIfobia consiste no preconceito contra pessoas que se reconhecem como Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais, Intersexuais, entre outras orientações sexuais e identidades de gênero. A data 17 de maio marca o dia em que, no ano de 1990, a Organização Mundial da Saúde (OMS) retirou a homossexualidade da Classificação Internacional de Doenças (CID). Desde então, ela representa a luta dessa população por direitos humanos e pela diversidade sexual, contra a violência e o preconceito.

“Quando pensamos em população LGBTI+ ainda nos deparamos muito com os dados sobre mortes. Nossa luta é para que toda essa violência deixe de ocorrer. Queremos ter o direito de existir e de viver. E para isso, precisamos cada vez mais construir alternativas para que a população LGBTI+ seja respeitada e reconhecida, sem estereótipos, sem estigmas, e sempre com cidadania”, conclui Marcos.

ONG Olivia

A Organização da Livre Identidade e Orientação Sexual do Pará, ONG Olivia, é uma ONG que atua na conscientização e mobilização da sociedade acerca dos direitos da população LGBTI+ no Pará. A instituição atua há mais de 7 anos em diversas vertentes como o combate à LGBTIFobia, garantia dos direitos humanos, saúde, educação, empregabilidade, entre outros.

A ONG oferece diversos serviços como testagens e aconselhamento voltados para a população LGBTI+, atendimento psicológico gratuito para a população LGBTI+, rodas de conversa, debates, oficinas de capacitação e acompanhamento jurídico. Atualmente, a ONG tem Marcos Melo como presidente e Olivia Pethrova como vice-presidenta.

Serviço

Local: Sede Olivia - Segundo andar do Vadião, Campus Guamá da UFPA, Rua Augusto Corrêa 1.
Horário: 8h às 19h.