04/05/2022 às 14h46min - Atualizada em 04/05/2022 às 14h46min

Marambaia acumula lixo, entulho, mato alto e não faltam reclamações por parte dos moradores.

Localizado na região norte de Belém, o bairro de classe média fica próximo à saída da cidade pela BR-316, tem uma via de importante acesso como a Tavares Bastos e está ligado a regiões como Mangueirão e Castanheira.

Mayron Gouvêa

Foto: Mayron Gouvêa.

Vídeo e fotos de sacos de lixo amontoados, entulho espalhado e áreas alagadas divulgados recentemente na rede social do ator Mario Zumba chamaram a atenção para o abandono do bairro da Marambaia, onde o artista mora há 15 anos. Ao chegar de viagem, o paraense se deparou com o abandono, mais uma vez, e resolveu divulgar. “Olha aí, gente, do Brasil inteiro! Essa é a situação das ruas de Belém, a capital do Estado. A gente tem que desviar porque é lixo para todo lado. Isso aqui é na entrada de um condomínio”, esclareceu Zumba.


O condomínio a que o ator se referiu é o conjunto residencial Euclides Figueiredo com moradias de alto padrão de classe média da capital. Perto dali, na Avenida Rodolfo Chermont, em frente à praça D. Alberto Ramos, o ator flagrou mais descaso e se indignou. “Essa é a realidade da cidade inteira”, afirmou.

O post coincidiu com as investigações feitas pelo Jornal Pará com os moradores e comerciantes da região. O acúmulo de lixo e entulho é flagrante nas principais rotas do bairro, como a Rua da Mata, em frente ao cemitério São Jorge. No local, o pedreiro Fernando Corrêa, morador da Marambaia há 45 anos, aponta com lástima para o amontoado de lixo e entulhos. “Os funcionários da Belém Ambiental, terceirizada responsável pelo recolhimento de lixo e entulho, dizem que a empresa não tem recebido o pagamento da prefeitura de Belém e, por isso, há atrasos nos salários e demora no serviço. Por outro lado, a prefeitura diz que paga o numerário por tonelada de lixo, mas o que se vê é lentidão no recolhimento. Então, alguma coisa há nessa questão e quem fica prejudicada é a população”, constatou.

Mais à frente a pista de skate está enferrujada, com a pintura desgastada e rodeada de mato. Na Av. Médici II (em frente ao Colégio E.E.E.M.P Prof. Francisco da Silva Nunes), entre as Ruas Outeiro e Santarém, no Médici 2, o lixo e o entulho chamam a atenção de quem passa porque toma conta de parte da via. Na feira, localizada na Rodolfo Chermont próximo a Tavares Bastos, os sacos de lixo se espalham nos dias de chuva. 


 

Um pouco mais distante dali, em outro ponto da Marambaia, no conjunto Gleba I, próximo à Rodovia Augusto Montenegro, a pequena praça que fica entre as passagem J2 e J3, está desde o final de fevereiro com o entulho no meio do espaço público. Morador da J2, Jessé Torres, lamenta a situação. “O pessoal da prefeitura veio fazer a podagem das árvores por conta da parte elétrica e o entulho ficou abandonado na praça. O lixo já tá entrando em decomposição. A gente vê os trabalhadores passando, mas eles não fazem nada. O espaço serve de lazer para os moradores, mas desse jeito não dá”.  

 

Posicionamento 

 

Em nota, a Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan) informou que o serviço de coleta domiciliar está ocorrendo de forma regular no bairro da Marambaia e que o serviço de coleta de entulhos está sendo executado esta semana.

 

A Sesan reitera que disponibiliza o Zap-Entulho, serviço que recolhe até um metro cúbico de resíduos. Ele pode ser solicitado, exclusivamente, por meio de mensagem no Whatsapp: (91) 98499-0059.

 

A secretaria também reitera que mantém uma equipe de educação ambiental com frentes em vários pontos em Belém e irá programar ações da equipe na área citada.


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