Segundo o governador Helder Barbalho, acordos firmados durante a 27º Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 27), que será realizada na cidade de Cairo, no Egito, devem gerar 55 milhões de reais em investimentos para o estado do Pará.
O governo do estado participará da conferência a partir do dia 14 de novembro. Segundo o governador, o Pará firmará o compromisso de ser o primeiro estado brasileiro a regulamentar o ressarcimento de créditos de carbono.
O conceito estabelece que cada tonelada reduzida na emissão de gases do efeito estufa gera uma moeda que pode ser vendida para países e empresas que não atingiram metas.
Ou seja: quem emite menos carbono compensa quem emite mais. Trata-se de um mercado que além de garantir o equilíbrio ambiental gerou 229 bilhões de euros só em 2020.
Segundo Helder, o Pará não pode perder essa oportunidade de turbinar a própria economia e deve liderar a iniciativa no Brasil, que ainda é tímida na comparação com outros países.
"A floresta em pé tem que ser a nossa nova vocação econômica e é preciso que isso esteja precificado para que haja ressarcimento dos serviços ambientais prestados. É mais uma entre as muitas alternativas que temos para desenvolver nosso biomas e consolidar práticas que possam ser transformadas em renda para os milhões de brasileiros que vivem na região. Além disso, vamos apresentar o Amazônia Agora, o plano estadual de bioeconomia e o plano estadual de regeneração de áreas desmatadas", afirma ele, ao lembrar que o Pará está comprometido a ajudar o Brasil no objetivo de neutralizar as emissões de carbono até 2050, conforme pactuado na edição de 2021 da Conferência, em Glasgow.
O governador espera, também, que eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a presidência possa transmitir uma mensagem de preocupação com as mudanças climáticas e de planejamento para um desenvolvimento sustentável da Amazônia.
Helder fica no Cairo até o dia 18, acompanhado de comitiva que incluirá representantes da secretaria de meio ambiente e da área diplomática do governo, bem como representantes de movimentos sociais e povos tradicionais da Amazônia.
Com informações de O Liberal.