A construção da Unidade de Monitoramento de Desembarque de Pescado no município de Novo Repartimento, sudeste do Pará, avança com previsão de conclusão para janeiro de 2025. A obra, coordenada pela Secretaria de Estado de Obras Públicas (Seop) e financiada pelo Fundo de Compensação do Estado do Pará (FCA), integra o planejamento estratégico do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Pará (Ideflor-Bio) para fortalecer a economia local e fomentar práticas sustentáveis na pesca.
Foto: Divulgação
Com um galpão de 608 metros quadrados equipado com telhado metálico, redes elétrica e hidrossanitária, escritórios, depósitos e banheiros, a unidade será uma das sete planejadas para a região do Mosaico Lago de Tucuruí. A iniciativa beneficiará diretamente ribeirinhos, pescadores e moradores, promovendo um salto na gestão pesqueira e na economia regional.
Foto: Divulgação
Segundo Keylah Borges, titular da Gerência da Região Administrativa do Mosaico Lago de Tucuruí (GRTUC), a principal função da unidade será o monitoramento do pescado. “Os dados coletados serão integrados ao Sistema de Monitoramento das Unidades de Conservação do Ideflor-Bio (SisMULT), permitindo um acompanhamento detalhado dos estoques pesqueiros do lago da Usina Hidrelétrica de Tucuruí”, afirmou.
A metodologia será replicada nas unidades em construção nos municípios de Goianésia do Pará, Nova Ipixuna, Jacundá, Tucuruí, Itupiranga e Breu Branco. A gestão será compartilhada entre prefeituras, Colônias de Pescadores e o Ideflor-Bio, promovendo eficiência no uso e na preservação dos recursos naturais.
Agregando valor ao pescado
Durante uma vistoria realizada pela equipe do Ideflor-Bio e representantes de Novo Repartimento, foram discutidas alternativas para maximizar os benefícios da unidade. Entre as propostas, destaca-se a instalação de uma agroindústria para produção de polpa de pescado, aproveitando espécies com baixo valor comercial.
O projeto conta com o apoio do prefeito Valdir Lemes (MDB), que garantiu destinar a produção para a merenda escolar do município. A Adepará oferecerá suporte para regularização sanitária, enquanto o Ideflor-Bio fornecerá assistência técnica. O engenheiro de pesca Eden Pontes está responsável pelo dimensionamento do projeto.
Modelo de desenvolvimento sustentável
Nilson Pinto, presidente do Ideflor-Bio, destacou que a iniciativa combina conservação ambiental e desenvolvimento econômico. “Essas unidades garantirão eficiência na gestão da pesca, geração de emprego e renda, e preservação dos recursos naturais. É um modelo que une sustentabilidade e progresso”, afirmou.
Com a conclusão das obras em 2025, as unidades de monitoramento prometem transformar a atividade pesqueira no sudeste do Pará, assegurando maior valorização dos produtos, melhores condições para os pescadores e um futuro mais sustentável para as comunidades da região.
Fonte: AGÊNCIA PARÁ
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