Com uma visão de futuro alinhada ao desenvolvimento sustentável, o governo do Pará, por meio da Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa), está liderando um ambicioso esforço para fortalecer a bioeconomia no estado. Até 2026, serão investidos mais de R$ 30 milhões em iniciativas que integram inovação, conservação ambiental e geração de renda para as comunidades locais.
Foto: Divulgação
Desde 2022, mais de R$ 8,3 milhões já foram aplicados em projetos que valorizam a biodiversidade e promovem uma economia limpa. Esse valor deve crescer para R$ 17,6 milhões nos próximos anos, beneficiando pesquisas em áreas como agricultura sintrópica, geração de bioativos para as indústrias farmacêuticas e cosméticas, e desenvolvimento tecnológico de cadeias como as do açaí e do cacau.
Atualmente, 89 projetos são fomentados pela Fapespa, abrangendo desde a formação de jovens pesquisadores até parcerias internacionais que buscam soluções inovadoras para preservar a floresta em pé. Em 2025, novos editais destinarão mais de R$ 15 milhões a iniciativas alinhadas ao Plano Estadual de Bioeconomia (Planbio), reconhecido como pioneiro no país.
Impacto Social e Econômico O Planbio, parte do Plano Estadual Amazônia Agora (PEAA), já alcançou 67 mil pessoas, envolvendo 12 marketplaces de bioprodutos e aumentando a renda de mais de 1.056 famílias. Com um investimento de R$ 34 milhões, o plano impulsiona 275 negócios sustentáveis, integrando conhecimentos ancestrais de indígenas e quilombolas ao desenvolvimento de novos biomateriais.
"Estamos criando bases para uma bioeconomia robusta, que agrega benefícios sociais, econômicos e ambientais, e que servirá de modelo para o Brasil e o mundo", afirmou Marcel Botelho, presidente da Fapespa.
A Rede Pará e a COP 30 Entre as iniciativas de destaque está a criação da “Rede Pará de Estudos sobre Contas Regionais e Bioeconomia”. Essa rede reúne pesquisadores de instituições como UFPA, Unifesspa e Ufopa, com o objetivo de consolidar dados sobre cadeias produtivas sustentáveis, utilizando metodologias reconhecidas pela ONU e pelo IBGE.
Além disso, o estado se prepara para apresentar resultados relevantes na COP 30, reforçando seu papel de liderança em iniciativas de baixo carbono e combate às emergências climáticas. "Nosso trabalho já subsidia o plano nacional de bioeconomia e será fortalecido com a construção do Parque de Bioeconomia da Amazônia, que entregaremos na COP 30", destacou Raul Protazio Romão, secretário de Meio Ambiente do Pará.
Com investimentos em pesquisa, inovação e formação, o Pará avança como referência global em bioeconomia, demonstrando que é possível gerar desenvolvimento econômico sustentável sem abrir mão da conservação ambiental.
Fonte: AGÊNCIA PARÁ
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