A Polícia Federal concluiu o inquérito das Operações Tempus Veritatis e Contragolpe, indiciando o ex-presidente Jair Bolsonaro, o ex-ministro da Defesa Walter Braga Netto, o ex-chefe do GSI Augusto Heleno e mais 34 pessoas. Entre os crimes imputados estão abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, com penas que podem chegar a 30 anos de prisão.
Indiciados pela PF Os investigados incluem figuras de alta patente e aliados do governo Bolsonaro. A lista traz nomes como Anderson Torres, Valdemar Costa Neto, Tércio Arnaud Tomaz e outros ligados à tentativa de manter Bolsonaro no poder após a derrota nas eleições de 2022.
O plano golpista De acordo com as investigações, o grupo planejava ações como o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes, do STF. As provas incluem rascunhos de minutas golpistas, planilhas detalhando a execução do golpe e um plano de envenenamento de Lula e de eliminação de Moraes por meio de explosivos.
Um dos pontos mais graves do relatório é a indicação de que Jair Bolsonaro tinha conhecimento do plano.
Defesa e desdobramentos A defesa de Bolsonaro afirmou não ter sido informada oficialmente sobre a conclusão da PF. Durante depoimento em fevereiro deste ano, o ex-presidente permaneceu em silêncio.
O relatório, com mais de 700 páginas, foi enviado ao Supremo Tribunal Federal nesta quinta-feira (21). A data também marca a audiência que decidirá o futuro da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, peça central das investigações.
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