"Eu vou levar pra esse povo, o que eu tenho levado pra todos os povos: o meu melhor, eu geral! Esse show que eu vou fazer na cidade de Ourém é o mesmo que eu faço na rua, na chuva, na fazenda ou numa casinha de sapê", brincou Sandra de Sá ao responder sobre o que o público ouremense pode esperar da apresentação dela, que vai acontecer no fechamento do XXXVI Festival da Canção de Ourém que inicia nesta quinta-feira (21) e termina no sábado (23).
Conhecido por ser o mais antigo festival de música do Pará, o evento premia cantores regionais e suas composições. Já na abertura, hoje, acontecem as primeiras eliminatórias nas quais são avaliados: melhor arranjo, melhor letra, melhor intérprete e aclamação popular.
Nesta edição 2022, pós-pandemia, uma das novidades é a premiação em dinheiro. O primeiro colocado com a melhor composição vai receber R$ 10 mil; o segundo R$ 5 mil; o terceiro R$ 3,5 mil e o quarto R$ 2,5 mil.
Um estímulo financeiro à música, que para a cantora Sandra de Sá, deve continuar sendo promovido. "Em nosso país já houve o Festival Internacional da Canção, o FIC, que acontecia no maracanãzinho, aqui no Rio (de Janeiro), e várias pessoas foram reveladas ali, como um tal de Chico Buarque, um tal de MPB4, um tal de Taiguara...", brincou novamente a cantora ao lembrar ainda dos festivais universitários, nos anos 70, que trouxeram ao público artistas como Ivan Lins e Gonzaguinha. "Com isso, eu quero enfatizar a importância dos festivais, não só os de apresentação, como também os que as pessoas concorrem a prêmios. Isso é altamente construtivo da nossa arte", salientou a artista.
Dona de uma personalidade marcante e contagiante, Sandra de Sá, com seus "Olhos coloridos", é do tipo que dá "Bye bye" à tristeza; que revela "Retratos e Canções"; que diz que nessa vida "Vale tudo" e que, se algo não é legal, a gente "Joga Fora", e no lixo. A licença poética é necessária para dizer que o que se pode esperar da artista é um espetáculo dançante, com muita emoção, preparado por essa profissional carismática e talentosa com os ritmos que "todo brasileiro, com sangue crioulo" está acostumado a apreciar.
Outras apresentações
Hoje (21), além da apresentação dos primeiros candidatos do festival, a festa fica por conta de Netto Lima e banda. Amanhã (22), no segundo dia de eliminatórias, a festa é da Orquestra Aerofônica + Layse e Os Sinceros. No sábado, só para reforçar, Sandra de Sá faz o show de encerramento.
Válido lembrar que é também no sábado que todos vão conhecer os vencedores do XXXVI Festival da Canção de Ourém, iniciado em 1983 por um grupo de compositores e intérpretes locais, e que hoje já tem o título de Patrimônio Imaterial do Pará e o reconhecimento em todo o país em estados como Rio de Janeiro, São Paulo, Distrito Federal, Ceará, Manaus e outros.
"O festival é grandioso pela sua história e por acolher artistas da região e também de fora do estado. É muito importante o título para coroar toda essa dedicação que acabou transformando o festival em tradição", destaca Ebe Potiguar, Secretária de Juventude, Cultura, Lazer e Turismo de Ourém.
A realização do festival é feita pela Prefeitura de Ourém por meio da Secretaria Municipal de Juventude, Cultura, Lazer e Turismo (SEJUCULT), e tem apoio do Banpará, da deputada estadual Marinor Brito, deputada estadual Ana Cunha, Câmara Municipal de Ourém, da Fundação Cultural do Estado do Pará, Secretaria de Estado de Turismo (Setur) e Governo do Pará. A produção é da Igara Produções.