02/04/2024 às 10h45min - Atualizada em 02/04/2024 às 10h45min

Relator vota contra cassação de Sergio Moro e julgamento é suspenso até quarta-feira

Segundo Carrasco, entende que as acusações contra o senador não procedem e que o cargo como senador deve ser mantido.

Da redação

Reprodução
Após o voto pela improcedência da ação contra a cassação do senador Sergio Moro, pelo desembargador Luciano Carrasco Falavinha Souza, relator do processo no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), o julgamento foi suspenso com um pedido de vista. A continuidade do julgamento ficou marcada para a próxima sessão na quarta-feira, 03.

Segundo Carrasco, entende que as acusações contra o senador não procedem e que o cargo como senador deve ser mantido.

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O segundo desembargador a votar, José Rodrigo Sade, pediu vista após o voto de Carrasco. Com isso, a continuidade da sessão ficou marcada para a quarta-feira.

Por que ele está sendo julgado?

Serão julgadas duas ações protocoladas pelo PT e pelo PL na Justiça Eleitoral. Os partidos acusam Moro de abuso de poder econômico por supostos gastos irregulares no período de pré-campanha em 2022.

Em dezembro ao ano passado, o Ministério Público Eleitoral (MPE) do Paraná defendeu a cassação do mandato do senador. No entendimento dos procuradores, houve uso “excessivo de recursos financeiros” no período que antecedeu a campanha eleitoral oficial em 2022.

Em 2021, Moro estava no Podemos e realizou atos de pré-candidatura à Presidência da República. Em seguida, deixou o partido e passou a fazer campanha para o Senado. Segundo a acusação, houve “desvantagem ilícita” em favor dos demais concorrentes ao cargo de senador diante dos “altos investimentos financeiros” feitos antes de Moro se candidatar ao Senado.

Foram citados gastos de aproximadamente R$ 2 milhões com o evento de filiação de Moro ao Podemos e com a contratação de produção de vídeos e consultorias.

Caso o mandato de Sergio Moro seja cassado, caberá recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília. No entanto, se a possível condenação for mantida, novas eleições para o Senado deverão ser convocadas no Paraná.

Durante a tramitação do processo, a defesa do senador negou as irregularidades e ressaltou que as acusações têm “conotação política”. Para a defesa, gastos de pré-campanha à Presidência não podem ser contabilizados na campanha para o Senado, uma vez que um cargo é de votação nacional e o outro somente no Paraná.

Com informações da Ag. Brasil.

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