O prefeito de Limoeiro do Ajuru, no arquipélago paraense do Marajó, Alcides Abreu Barra (MDB), e mais três servidores do município foram presos em uma operação do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público (MP).
O órgão confirmou as prisões neste sábado (30). Segundo ele, a empresa que prestava serviço à Secretaria de Saúde na cidade não realizava as atividades estabelecidas no contrato.
Assim, as investigações apontaram que os valores dos medicamentos que não eram entregues nas unidades de saúde eram repassados para o prefeito, ao secretário de saúde e para uma servidora da área de controle interno de licitações e execução de contratos, além de ser enviado para a secretária de educação da cidade, que também é irmã do prefeito.
"Instalou-se no município marajoara um sistema de corrupção operado por meio de esquema com empresas privadas vencedoras de licitações, em regra, fraudulentas envolvendo pagamentos por compras que não foram entregues à municipalidade e por serviços não prestados à população", explicou o MP.
Os presos na ação do Gaeco foram afastados dos cargos públicos e transferidos para Belém e Cametá, cidade do nordeste do estado, para uma audiência de custódia que decidiu pela continuidade da prisão preventiva.
"A contrapartida dos empresários participantes do esquema consiste em entregar uma parte do dinheiro que recebem (indevidamente) do município para o agente político ou servidor público que detém o poder sobre a pasta contratadora/pagadora", completou o MP.
Em nota, o jurídico da prefeitura de Limoeiro do Ajuru informou que não vai se manifestar sobre o caso, porque ainda não teve acesso aos autos do processo.
O MP ressaltou ainda que Limoeiro do Ajuru, com quase 30 mil habitantes, tem IDH de apenas 0,541, sendo um dos mais baixos do Brasil.
O MDB, partido do prefeito,também não se manifestou sobre o caso até a última atualização desta reportagem.
Com informações de MP e g1
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