A partir das 15h desta segunda-feira, 4, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinará no Palácio do Planalto a mensagem de envio ao Congresso Nacional do projeto de lei que regulamenta o trabalho de transporte por aplicativos. As diretrizes são voltadas para o transporte em veículos de 4 rodas. Estarão presentes no evento o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, representantes dos motoristas e empresas de transporte de pessoas por aplicativos, como Uber e 99. O texto será enviado com urgência constitucional; logo, Câmara e Senado terão 45 dias cada para analisar a proposta.
Em maio de 2023, o governo criou um grupo de trabalho com a participação do governo, das empresas e de motoristas para tratar da regulamentação do serviço de transporte individual por aplicativo e o resultado das discussões, que foi uma das promessas de campanha de Lula em 2022, embasou o projeto. O governo também discutiu com outras empresas como iFood e Rappi, e entregadores do segmento para criar uma proposta semelhante, mas não houve consenso.
Veja as principais regras propostas que devem ser apresentadas pelo Planalto para a regulamentação da profissão:
- jornada de 8 horas – pode chegar a 12 horas se houver acordo coletivo; - salário mínimo – de R$ 32,09 por hora trabalhada. São R$ 8,02 relativos ao trabalho e R$ 24,07 referentes aos custos do motorista; - reajuste anual – em percentual igual ou superior ao do reajuste do salário mínimo; - sem exclusividade – motorista poderá trabalhar em mais de uma empresa; - sindicatos – será criada a categoria de trabalhador autônomo por plataforma, com sindicato de trabalhadores e patronal; - suspensão de trabalhadores – plataformas terão de seguir diretrizes para excluir trabalhadores de seus apps; - previdência – trabalhador pagará 7,5% sobre “salário de contribuição” (25% da renda bruta) e empresa pagará 20%; - benefícios – vale-refeição a partir da 6ª hora trabalhada e serviços médicos e odontológicos.
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