Pequenos agricultores do município de Novo Repartimento, localizado ao longo da rodovia Transamazônica, descobriram que o cultivo adequado do cacau, com inovação e dedicação são essenciais para garantir o sustento das famílias que vivem da produção da fruta. Com aumento da produtividade e preservação ambiental da Amazônia.
Foi com o treinamento da Fundação Solidaridad que iniciou as atividades em 2015 no município, que agricultores como José Evangelista receberam o ensinamento técnico para transformar o cacau de Novo Repartimento em um dos chocolates que recebeu o segundo lugar no concurso Belgium Chocolate Awards 2022, um dos maiores eventos que avalia a qualidade do chocolate no mundo, e teve o resultado divulgado no último dia 31 de maio.
Adotando o método da cultura nativa da Amazônia, seu João transformou a sua produção em atrativo internacional. As amêndoas de sua propriedade possibilitam a pureza das barras de Chocolate Belga 72%, criada pelo chocolateiro Nicolas Danaux que produziu o do vice-campeão da competição.
Seu João possui uma propriedade de 42 hectares no assentamento rural Tuerê, a 130 quilômetros do centro da cidade, ele divide sua produção de cacau com uma pequena criação de gado, de cerca de dez cabeças, e de peixes. “Com a vinda da Solidaridad, as coisas mudaram. Eles são muito eficientes e viraram meus amigos. Convivemos e estamos sempre nos comunicando. Eles que me colocaram hoje no lugar que estou”, comemora o cacauicultor, com muita gratidão.
Trabalhando na melhora da qualidade em pequenas produções agrícolas, a Fundação Solidaridad realiza testes de análises de solo, orientando sobre os insumos agrícolas ideais, além da escolha adequada do adubo necessário para fortalecer e melhorar o aproveitamento da colheita do cacau. Com o conhecimento adquirido pela parceria, Seu João conta que pôde ampliar a sua produção, assim como outros agricultores do município de forma a proporcionar melhor sustentabilidade das terras de Novo Repartimento, “Junto com os meninos da Solidaridad, estamos implantando o Sistema Agroflorestal (SAF). Eles fornecem as mudas e os insumos e a gente põe em prática nosso conhecimento no trabalho”, destaca.