Dormir com animais pode ser prejudicial à saúde; saiba o porquê
Alguns cuidados simples são suficientes para se estabelecer uma relação com benefício mútuo.
Da redação - com informações do Conselho Federal de Medicina Veterinária
26/08/2023 08h15 - Atualizado em 26/08/2023 às 08h30
Reprodução
Compartilhar a cama com pets é um hábito de muitos tutores de animais de estimação. A prática. Porém, mesmo que não haja uma contraindicação médica, a prática pode trazer riscos para os bichinhos e também para os tutores.
O vice-presidente do Departamento de Infectologia da Sociedade de Pediatria de SP, Marcelo Otsuka, explica que “A princípio, não há contraindicação do animal dormir com o tutor. Mas há alguns aspectos a se considerar. Existem pessoas com quadro alérgico a pelos de animais. Nestes casos, se uma pessoa tem essa alergia, o animal não poderia nem estar dentro de casa”.
Otsuka explicou ainda que são raras as situações em que os animais transmitem doenças para seus donos e, em quase todos os casos, os transmissores são pets sem acesso a higiene básica. Para ele, alguns cuidados simples são suficientes para se estabelecer uma relação com benefício mútuo.
“Bebês muito pequenos, que não têm uma capacidade de se defender, a gente não recomenda o contato muito próximo. Os animais gostam de ficar perto dos humanos, eles precisam ser vigiados para não causarem sufocamento. Por outro lado, camas muito altas podem ser um risco para animais de pequeno porte. A gente precisa ter cuidados de ambos os lados”, disse.
Dicas de especialista:
Já a presidente da Comissão de Bem-Estar Animal (Cobea) do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), Kellen Oliveira, listou algumas recomendações para evitar contratempos:
- Higienizar as patas (quando fazem passeios externos).
- Não dormir com o pet ao observar ectoparasitas (pulgas ou carrapatos) e fazer o tratamento imediato. Esses ectoparasitas podem causar doenças nos animais e em humanos.
- Manter esquema vacinal (do tutor e do pet) completo.
- Adaptar – com rampas ou escadas – o acesso à cama para evitar acidentes.
Rosângela Gebara, que também é membro da Cobea, alertou sobre quais são os cuidados veterinários necessários para o pet não transmitir doenças.
“Principalmente a antirrábica, já que essa doença é uma zoonose; porém recomenda- se que estejam em dia a vacinação polivalente ou múltipla, além de estar com a aplicação de vermífugo e a profilaxia para ectoparasitas atualizadas. E sempre que o pet tiver sinais ou sintomas de doença, o tutor deve buscar auxílio veterinário para o correto diagnóstico e tratamento o mais precoce possível”, afirmou.
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