Em mais de seis meses, o Pará registra quase 300 casos de câncer de pele

Cuidados com o sol devem ser redobrados em julho, quando muitos veranistas ficam expostos aos raios solares nos balneários do Pará.

Carlos Yury - com informações de O Liberal
20/07/2023 10h08 - Atualizado em 20/07/2023 às 10h08

Em mais de seis meses, o Pará registra quase 300 casos de câncer de pele
Reprodução
São esperados 2.440 casos de câncer de pele no Pará ao final de 2023. A estimativa, do Instituto Nacional do Câncer (Inca), tem como base a população total do Estado. Em números concretos, em quase 7 meses, de janeiro até 15 de julho deste ano, o Pará registrou 259 casos de câncer de pele tratados na rede pública estadual. Em 2022, foram 623 casos registrados. O balanço é da Secretaria de Estado de Saúde do Pará (Sespa). Dentre as medidas de prevenção, especialistas reforçam que é fundamental tomar cuidado com a exposição ao sol, com atenção redobrada neste período de férias de julho, quando os balneários paraenses lotam com veranistas que passam horas e horas embaixo dos raios solares. 

De acordo com o oncologista Luis Eduardo Werneck, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cancerologia, a cada 100 pacientes com câncer de pele do tipo melanoma - considerado o mais agressivo -, 15 pessoas são curadas e 85 acabam morrendo.“Existem três tipos de câncer de pele. Carcinoma basocelular, carcinoma espinocelular e o melanoma. Eles se manifestam de maneiras diferentes e com graus de periculosidade distintos. A questão toda é que o câncer na pele normalmente não apresenta sintomas. O que ocorre é a pessoa perceber uma ferida, mancha ou pinta que não coça e não arde. Ela também muda de cor, aparece clarinha no início e depois vai escurecendo. Muitas vezes tem bordas irregulares. Caso ela não cicatrize por mais de 15 dias, é preciso procurar um dermatologista”, declara.

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Tratamento - Segundo a Sespa, no contexto do Pará, o câncer de pele mais comum é o não-melanoma, seguido do carcinoma in situ. O tratamento é iniciado na Atenção Básica de Saúde, que é a porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS). De lá, o usuário é encaminhado para consulta com especialista para confirmação do diagnóstico e tratamento.

Quais os tipos de câncer de pele?

Carcinoma basocelular: O tipo mais comum do câncer de pele. Costuma surgir nas partes do corpo mais expostas ao sol como: rosto, orelha, pescoço, couro cabeludo, ombros e costas. No geral, se manifesta como uma mancha ou pápula avermelhada que sangra com facilidade e que não cicatriza, formando um machucado.

Carcinoma espinocelular: Segundo tipo mais comum de tumor na pele. Também ocorre com frequência nas áreas mais expostas ao sol e costuma acometer mais homens do que mulheres. Os principais sinais são lesões semelhantes às verrugas e que podem eventualmente sangrar. Também podem ter uma crosta por fora e formar pequenas feridas que não cicatrizam.

Melanoma: tem alto risco de provocar metástase (quando o câncer se espalha para outros tecidos no corpo). Neste caso, é preciso observar as pintas do corpo: qualquer sinal castanho ou preto que muda de cor, formato ou de tamanho, que provoque coceira e/ou esteja sangrando deve ser avaliado por um dermatologista. Esse tipo geralmente é hereditário, mas também pode ser desenvolvido devido a exposição a produtos químicos e radioativos.

Como prevenir o câncer de pele?

Evitar exposição prolongada ao sol entre 10h e 16h; Usar sempre proteção adequada, como bonés ou chapéus de abas largas, óculos escuros, barraca e filtro solar com fator mínimo de proteção 30 - é necessário reaplicá-lo a cada duas horas, durante a exposição solar.;

Para quem trabalha ao ar livre: Usar chapéus de abas largas, camisas de manga longa e calça comprida, óculos escuros, procurar lugares com sombra; sempre que possível evite trabalhar nas horas mais quentes do dia.

Como é o tratamento?

O tratamento inicial de câncer de pele consiste na retirada cirúrgica da lesão e do tecido ao redor. Quimioterapia ou radioterapia são recursos terapêuticos utilizados nos casos mais graves. O tipo de tumor é menos importante do que seu tamanho no momento do diagnóstico para determinar o tratamento e o prognóstico.

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