Pará registra menor índice de desmatamento para março desde 2019, aponta INPE

Redução de 36% nos alertas de desmatamento em março destaca avanço das ações ambientais no estado e reforça protagonismo do Pará na preservação da Amazônia

09/04/2025 11h40 - Atualizado há 1 semana

Pará registra menor índice de desmatamento para março desde 2019, aponta INPE
Ag. Pará
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O Pará registrou, em março de 2025, uma redução de 36% na área sob alerta de desmatamento em comparação ao mesmo mês do ano anterior, totalizando 22 km² — o menor índice para março desde 2019, segundo o INPE. No acumulado do Ano Prodes 2025 (agosto/2024 a março/2025), a queda foi de 19%, com 199 km² a menos de áreas afetadas. A participação do estado no desmatamento da Amazônia Legal também caiu de 21% para 16% no mesmo período.

Essa tendência ocorre em um momento de destaque para o Pará, que se prepara para sediar a COP 30 em Belém, reforçando a importância da região nos debates ambientais globais. Entre as ações em andamento estão os planos estaduais Amazônia Agora, de Recuperação da Vegetação Nativa e de Bioeconomia, que visam conciliar preservação ambiental com o desenvolvimento sustentável de comunidades locais e o fortalecimento da economia verde.

 

O estado do Pará registrou, em março de 2025, 22 km² de área sob alerta de desmatamento, uma redução de 36% em relação ao mesmo mês de 2024, conforme levantamento do Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O número representa o menor volume registrado para o mês de março desde o início da série histórica, em 2019.

Foto: divulgação 

No acumulado de agosto de 2024 a março de 2025, período que corresponde ao chamado Ano Prodes 2025, o Estado apresenta uma queda de 19% no desmatamento em comparação ao mesmo intervalo do ano anterior, o que equivale a 199 km² a menos de áreas impactadas.

Participação do Pará na Amazônia Legal também caiu
No contexto da Amazônia Legal, o Pará também apresentou recuo em sua participação proporcional no desmatamento regional: de 21% em março de 2024, caiu para 16% no mesmo mês de 2025. A tendência reforça um movimento de desaceleração do desmatamento em território paraense.

Esse cenário ocorre em um momento de visibilidade internacional para a região: Belém se prepara para sediar a COP 30, Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, marcada para novembro deste ano. O evento colocará a capital paraense no centro das discussões globais sobre meio ambiente e sustentabilidade.

Planos e políticas ambientais seguem em execução no Estado
Entre as estratégias adotadas no Pará para combater o desmatamento e promover a sustentabilidade estão o Plano Estadual Amazônia Agora (PEAA), o Plano de Recuperação da Vegetação Nativa (PRVN) e o Plano de Bioeconomia, que integram ações de comando, controle e incentivo à economia verde, com foco também nas comunidades locais.

De acordo com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), os resultados obtidos refletem uma política ambiental mais estruturada. A Semas tem atuado em regiões críticas com ações de monitoramento, fiscalização e incentivo à regularização ambiental.

Impactos e relevância local
A redução no desmatamento tem implicações diretas para municípios paraenses com altos índices históricos de alerta, como Altamira, Novo Progresso, São Félix do Xingu e Itaituba — áreas que tradicionalmente figuram entre as mais críticas do bioma amazônico.

Além disso, especialistas apontam que manter a floresta em pé favorece a estabilidade climática regional, melhora a qualidade da água e do ar em centros urbanos como Belém, Ananindeua e Santarém, e fortalece a base de uma economia florestal sustentável.

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