12/01/2024 às 11h00min - Atualizada em 12/01/2024 às 11h15min

Janela partidária: vereadores de Belém podem mudar de partido até abril

7 vereadores já têm a mudança de legenda confirmada e aguardam a abertura do período para formalização das transferências.

Da redação

CMB
Pelo menos 16 dos 36 vereadores da Câmara Municipal de Belém (CMB) podem mudar de partido na abertura da próxima ‘janela partidária’, como é conhecido o período em que a Justiça Eleitoral autoriza as mudanças, entre os dias 7 de março e 5 de abril.

7 vereadores já têm a mudança de legenda confirmada e aguardam a abertura do período para formalização das transferências. Outros 9 estudam a possibilidade de mudança, mas ainda não anunciaram nada oficialmente, sendo apenas alvos de rumores nos bastidores da CMB.

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Cláusula de Barreira - O número elevado de mudanças é um dos efeitos da chamada cláusula de barreira, emenda à Constituição promulgada em 2017 pelo Congresso Nacional, que estabeleceu critérios de desempenho para que partidos tenham acesso ao dinheiro do fundo partidário e à propaganda gratuita no rádio e na televisão.

Desde março de 2019, data da última janela, foram dez uniões, ou seja, uma a cada seis meses. Devido a cláusula de barreira, muitos partidos não conseguiram o mínimo de votos na última eleição para garantir o fundo partidário e o fundo eleitoral, recorrendo então a fusão de dois ou mais partidos para que juntos possam alcançar o percentual.

Na semana passada, no caso mais recente, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou a criação do Partido Renovação Democrática (PRD), resultado da fusão entre o PTB e o Patriota, mudança que alterou a conjuntura nacional, inclusive na CMB.

Levantamento feito por O Liberal sobre os parlamentares de Belém que mudarão ou podem mudar de partido:

JOHN WAYNE - Segue no MDB 
IGOR ANDRADE - Solidariedade - vai mudar, mas ainda não definiu a sigla nova
ENFERMEIRA NAZARÉ LIMA – Continua no PSol
LULU DAS COMUNIDADES – Continua no AGIR
PAULO QUEIROZ – Continua no MDB
ÁLLAN POMBO – Continua no PDT
EMERSON SAMPAIO – Continua no PP
BIA CAMINHA – Continua no PT
FÁBIO SOUZA – ERA DO PSB E anunciou troca PARA O MDB
WELLINGTON MAGALHÃES - continua no MDB
NENÉM AUBUQUERQUE continua no MDB
BLENDA QUARESMA continua no MDB
JUÁ BELEM continua no Republicanos
GOLEIRO VINICIUS continua no Republicanos
AUGUSTO SANTOS continua no Republicanos
TULIO NEVES - Era do PROS E anunciou ida Para O PSD
RONI GAS Era do PROS e foi para O SOLIDARIEDADE
GIZELLE FREITAS Continua no PSol
FERNANDO CARNEIRO Continua no PSol
JOÃO COELHO É do PTB e PODE TROCAR PELO PDT
MOA MORAES FILHO PSDB PODE TROCAR SEM DEFINIÇÃO DE PARTIDO
MAURO FREITAS - PSDB
FABRÍCIO GAMA - UNIÃO BRASIL
MIGUEL RODRIGUES Podemos e PODE TROCAR SEM DEFINIÇÃO
RENAN NORMANDO Podemos DEVE TROCAR MAS SEM DEFINIÇÃO
JOSÉ DINELLY - PSC DEVE TROCAR MAS SEM DEFINIÇÃO
MATHEUS CAVALCANTE Cidadania DEVE TROCAR MAS SEM DEFINIÇÃO
ALTAIR BRANDÃO PC do B SAIU PARA O PT
SALETE SOUZA Patriota DEVE TROCAR MAS SEM DEFINIÇÃO
JOSIAS HIGINO Patriota DEVE TROCAR MAS SEM DEFINIÇÃO
MÁRCIO SANTOS PSB É SUPLENTE E DEVE SER SUBSTITUIDO PELO GLEISSON OLIVEIRA PSB
AMAURY DO APPD PT
BIECO PERMANECE NO PP
PABLO FARAH ERA DO PL E FOI PRO MDB
SILVIA LETICIA – SEGUE NO PSOL

Tipos de mudanças - De acordo com o TSE, existe a fusão, a incorporação e as federações. Na fusão os órgãos de direção dos partidos políticos elaboram estatuto e programa comuns. Há uma votação unindo as duas siglas e, por maioria absoluta, elegem o órgão de direção nacional que vai cuidar da nova legenda. Deferido o registro, os partidos políticos que se fundiram são extintos e a nova sigla é criada.

Já nas incorporações, segundo o TSE, “cabe ao partido político incorporado deliberar, por maioria absoluta de votos, em seu órgão de direção nacional, sobre a adoção do estatuto e do programa de outra agremiação partidária”. Com o estatuto e o programa do partido incorporador adotados, escolhe-se uma nova direção nacional da sigla, que permanece com o mesmo nome, podendo também alterá-lo se desejar.

Nas federações, a legislação prevê que dois ou mais partidos políticos se unam em um grupo, atuando como uma única sigla por no mínimo quatro anos. As legendas mantêm seus registros no TSE e suas autonomias, incluindo nomes, siglas e números próprios.

Com informações de O Liberal

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