26/06/2023 às 10h25min - Atualizada em 26/06/2023 às 10h25min

Nesta segunda-feira, CPMI de 8 de janeiro ouvirá ex-chefe da PMDF e coronel do Exército

Parlamentares investigam ação e omissão em atos antidemocráticos

Carlos Yury - Com informações da Agência Senado e Agência Câmara de Notícias

CPMI - Poder 360
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura os ataques ocorridos em Brasília no dia 8 de Janeiro deste ano vai ouvir o coronel Jorge Eduardo Naime, da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), a partir das 14h desta segunda-feira (26). O depoimento dele atende a requerimento apresentado pela senadora Eliziane Gama (PSD-MA), relatora do colegiado. 

Ex-comandante do Departamento de Operações da Polícia Militar do Distrito Federal até janeiro deste ano, Naime deve apresentar esclarecimentos sobre os acontecimentos do dia 12 de dezembro de 2022, quando manifestantes tentaram invadir a sede da Polícia Federal (PF) no Distrito Federal e depredaram os arredores do edifício.

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Em fevereiro deste ano, ele foi preso na Operação Lesa Pátria da PF, que investiga os eventos de 8 de janeiro. Poucos dias antes dos ataques às sedes dos Três Poderes em Brasilia, o coronel saiu de folga. Naime passou a ser investigado por participação nos eventos e teve a prisão preventiva decretada por risco de fuga e prejuízo às investigações. Desde então, ele está preso no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília.

De acordo com informações divulgadas pelo Senado, o coronel comparecerá à CPMI com escolta policial e falará na condição de testemunha. Por ter sido convocado, ele não pode deixar de comparecer.

Agenda - Na terça-feira (27), às 9h, será a vez do depoimento do ex-subchefe do Estado Maior do Exército Brasileiro, coronel Jean Lawand Júnior.  

O militar aparece em mensagens periciadas pela Polícia Federal, no celular do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do então presidente Jair Bolsonaro. Nas conversas telefônicas reveladas, o coronel Jean Lawand Júnior pediu a Cid que convencesse o ex-mandatário a dar um golpe de Estado e ordenar uma intervenção militar no Brasil para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ocorrida em 1º de janeiro. 

Os dois depoimentos estão previstos para serem tomados no plenário 2, da ala Nilo Coelho, no Senado Federal e os convocados não podem se recusar a comparecer. 

A CPMI de 8 de Janeiro já aprovou a convocação de 40 nomes para prestar depoimentos, na condição de testemunhas. Entre eles, o ex-ministro da Defesa do governo Bolsonaro, Braga Netto; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno; o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública e que ocupava a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal em 8 de janeiro, Anderson Torres; o tenente-coronel Mauro Cid, o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) general Marco Edson Gonçalves Dias, o G Dias, e o ex-diretor ajunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Saulo Moura da Cunha. Ambos indicados no governo do presidente Lula.  

O então ministro-chefe do GSI, general Gonçalves Dias, pediu demissão em abril, depois de aparecer, junto com outros funcionários da pasta, em imagens do circuito interno de segurança do Palácio do Planalto, gravadas em 8 de janeiro, no momento em que vândalos destruíam o palácio presidencial. 

Depoimentos recentes - A CPMI de 8 de Janeiro já ouviu o empresário George Washington Sousa – condenado a 9 anos e 4 meses de prisão pela tentativa de atentado a bomba em um caminhão próximo ao Aeroporto JK, em Brasília, em 24 de dezembro de 2022; o diretor do Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado da Polícia Civil do DF, Leonardo de Castro; e os peritos da Polícia Civil do DF Renato Carrijo e Valdir Pires Filho, que fizeram exames nas proximidades do aeroporto e no referido caminhão. Além do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, acusado de direcionar ações do órgão, na Região Nordeste, para atrapalhar o segundo turno das eleições presidenciais de 2022. Na última terça-feira (20), Silvinei Vasques negou ter interferido no andamento das eleições majoritárias. 

 

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