Uma operação realizada por órgãos de controle investiga suspeitas de fraudes na compra de medicamentos e insumos no Hospital Federal de Bonsucesso, no Rio de Janeiro. Os contratos, firmados em 2020 durante a pandemia de COVID-19, somam R$ 1,3 milhão e teriam sido feitos com dispensa de licitação de forma irregular. Há indícios de participação de servidores públicos e direcionamento nas contratações. A ação, chamada Operação H. Pylori, cumpre 12 mandados de busca em cidades do Rio e envolve CGU, Polícia Federal, MPF e Receita Federal. Denúncias podem ser feitas pela plataforma Fala.BR. O caso levanta preocupação sobre o uso de recursos públicos em plena crise sanitária.
Uma força-tarefa composta por órgãos de controle e investigação está apurando possíveis fraudes na aquisição de medicamentos e insumos hospitalares no Hospital Federal de Bonsucesso, no Rio de Janeiro. A operação, batizada de H. Pylori, foi deflagrada na última terça-feira (1º) e envolve a Controladoria-Geral da União (CGU), a Polícia Federal, o Ministério Público Federal (MPF) e a Receita Federal.
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As investigações apontam suspeitas de direcionamento em contratos firmados durante o ano de 2020, período crítico da pandemia. O montante sob apuração ultrapassa R$ 1,3 milhão, envolvendo uma fornecedora de medicamentos e materiais hospitalares, como luvas cirúrgicas, adquiridos por meio de dispensa de licitação.
Indícios de favorecimento e envolvimento de servidores
De acordo com a Polícia Federal e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPF), há indícios de que servidores públicos facilitaram as contratações de forma irregular, possivelmente em troca de vantagens financeiras. A CGU identificou simulações de processos e direcionamento nas compras, reforçando as suspeitas de fraude.
Os envolvidos poderão responder por crimes como fraude em licitação, corrupção, peculato, desvio de recursos públicos, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.
Mandados e medidas cautelares
A operação cumpre 12 mandados de busca e apreensão nas cidades do Rio de Janeiro, Duque de Caxias, Teresópolis e Petrópolis. A ação conta com a atuação de 8 auditores da CGU, cerca de 50 policiais federais, 4 integrantes do GAECO e 4 servidores da Receita Federal.
Denúncias podem ser feitas de forma anônima
Informações sobre o caso ou outras irregularidades podem ser encaminhadas à Ouvidoria-Geral da União, por meio da plataforma Fala.BR. O canal aceita denúncias anônimas. Para isso, basta selecionar a opção “Não identificado” ao preencher o formulário eletrônico, marcando “Operações CGU” como assunto e informando o nome da operação e a localidade onde ela ocorreu.
Impacto direto na população
A destinação incorreta de recursos públicos em um momento de emergência sanitária, como o enfrentado em 2020, pode comprometer diretamente a qualidade do atendimento em unidades de saúde. Casos como este afetam, sobretudo, a população mais vulnerável, além de comprometer a confiança nas instituições responsáveis pela gestão de recursos públicos.
Fonte: CGU
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