Suspeitas de fraudes na educação pública movimentam operação federal no Mato Grosso do Sul
Ação investiga uso irregular de recursos do FNDE em contratos que somam mais de R$ 20 milhões
23/05/2025 11h13 - Atualizado há 21 horas
CGU
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A Operação Vox Veritatis, deflagrada na última quarta-feira (21) pela Controladoria-Geral da União (CGU), Polícia Federal e Receita Federal, investiga suspeitas de fraudes em contratos da Secretaria de Educação do Mato Grosso do Sul. As irregularidades envolvem adesões suspeitas a atas de registro de preços de outros órgãos públicos, com indícios de participação de empresários e servidores públicos. Apenas dois contratos investigados somam mais de R$ 20 milhões, com recursos provenientes do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
A operação cumpre nove mandados de busca e apreensão em Campo Grande (MS) e no Rio de Janeiro (RJ), além de autorizar a quebra de sigilo bancário e fiscal de cinco pessoas físicas e 13 empresas. A rede pública estadual atende mais de 180 mil alunos, e desvios de verba impactam diretamente o serviço oferecido nas escolas. Denúncias sobre esta ou outras operações podem ser feitas de forma anônima pela plataforma Fala.BR, da Ouvidoria-Geral da União.
Uma operação conjunta entre a Controladoria-Geral da União (CGU), Polícia Federal e Receita Federal foi deflagrada na última quarta-feira (21) para apurar possíveis fraudes em contratos ligados à educação no Mato Grosso do Sul. A ação recebeu o nome de Operação Vox Veritatis e concentra seus esforços em investigar irregularidades em processos de contratação envolvendo recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
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Investigação tem origem em operação anterior
As apurações começaram a partir de informações obtidas na operação “Terceirização de Ouro”, também realizada pela CGU e PF. Com o avanço das investigações, surgiram indícios de conluio entre empresários e servidores públicos da Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso do Sul (SED/MS). O grupo teria manipulado adesões a atas de registro de preços de outros órgãos públicos para facilitar a celebração de contratos suspeitos.
Entre os contratos analisados, dois chamaram atenção pelo volume financeiro: juntos, somam mais de R$ 20 milhões em repasses federais.
Mandados e quebra de sigilo
A operação executa 9 mandados de busca e apreensão nas cidades de Campo Grande (MS) e Rio de Janeiro (RJ). Também estão sendo cumpridas quebras de sigilo bancário e fiscal de 5 pessoas físicas e 13 empresas. A equipe responsável pela ação é composta por 29 policiais federais, 3 servidores da CGU e 8 auditores da Receita Federal.
Risco para a educação pública
De acordo com a própria Secretaria de Educação do estado, mais de 180 mil estudantes são atendidos em 384 escolas da rede pública. Casos de má gestão ou desvio de recursos impactam diretamente o funcionamento dessas instituições e o desenvolvimento dos alunos.
Fonte: CGU
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