A arrecadação federal alcançou R$ 247,92 bilhões em outubro, marcando um aumento real de 9,77% em relação ao mesmo mês de 2022, segundo dados divulgados pela Receita Federal nesta quinta-feira (21). Este é o maior montante registrado para o mês desde o início da série histórica, em 1995. De janeiro a outubro, a arrecadação acumulada atingiu R$ 2,217 trilhões, representando um crescimento real de 9,69% no período, descontada a inflação medida pelo IPCA.
O desempenho foi impulsionado por fatores como o retorno da tributação do PIS/Cofins sobre combustíveis, a tributação de fundos exclusivos e a atualização de bens e direitos no exterior. Sem considerar pagamentos atípicos, a arrecadação teria crescido 7,40% no acumulado e 8,87% em outubro.
Entre os destaques, o PIS/Pasep e a Cofins apresentaram crescimento real de 20,25% em outubro, com arrecadação de R$ 47,19 bilhões. O resultado reflete a alta de 3,89% no volume de vendas e de 4,02% nos serviços, além do impacto positivo do setor de combustíveis e do aumento das importações.
Outro ponto relevante foi o aumento de 58,12% na arrecadação do Imposto sobre Importação e do IPI vinculado, totalizando R$ 11,12 bilhões em outubro. Este crescimento foi impulsionado por fatores como a alta de 22,21% no valor em dólar das importações e o aumento de 30,35% na alíquota média do imposto de importação.
Na Receita Previdenciária, a arrecadação chegou a R$ 54,2 bilhões, um acréscimo real de 6,25%, impulsionado pelo aumento de 6,86% na massa salarial e de 9,79% na arrecadação do Simples Nacional Previdenciário. Já o IRPF arrecadou R$ 62,16 bilhões entre janeiro e outubro, um crescimento real de 16,85%, atribuído à atualização de bens e direitos no exterior.
Por sua vez, o IRPJ e a CSLL somaram R$ 57,35 bilhões em outubro, alta de 4,29%, com destaque para os ganhos de 9,15% na arrecadação trimestral e de 22,06% no item lançamentos de ofício, depósitos e acréscimos legais.
O desempenho geral reforça a influência de mudanças tributárias e da recuperação de setores estratégicos da economia, como comércio, serviços e importações. Segundo a Receita, os números indicam um cenário de crescimento sustentável na arrecadação, refletindo o dinamismo econômico e ajustes estruturais nas políticas tributárias do país.
Fonte: AGÊNCIA BRASIL
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