14/07/2022 às 09h17min - Atualizada em 14/07/2022 às 09h17min

Indígenas Kayapó se reúnem na aldeia Kriny durante a 2ª Minicopa Feminina de Futebol, em Redenção, no sudeste do Pará

Cerca de 400 jogadoras participam do evento esportivo que tem por objetivo enaltecer as mulheres das aldeias Kayapó

Mayron Gouvêa
Com apoio de pesquisadores do Museu Emílio Goeldi.

Acompanham os jogos, cerca de mil indígenas Kayapó de cidades como Tucumã e São Félix do Xingú (Crédito: Kenneri Cesarini Hernandes Alves).
As disputas acontecem até o próximo domingo (17) na aldeia Kriny - que significa “aldeia nova” na língua Kayapó - localizada em Redenção, no sudeste paraense, onde vivem duzentos indígenas. A cerimônia de abertura foi realizada nesta quarta-feira (13), quando as jogadoras fizeram uma apresentação colorida das 32 delegações que estão competindo na 2ª Minicopa Feminina de Futebol. As atletas têm idade acima dos 12 anos e são de diversas aldeias da região.



A partida inicial foi disputada entre o time Kriny, da aldeia que sedia o evento, e a equipe da aldeia Kapranhkrere, escolhidos por sorteio feito diante de todos. Os times participantes disputam prêmios de 5 mil para o 1º lugar, 3 mil para o 2º melhor e 2 mil para o 3º colocado.



Os espectadores do evento esportivo são cerca de mil indígenas de aldeias espalhadas pelos municípios de Tucumã e São Félix do Xingú, próximos dali. Eles chegaram à aldeia Kriny em barcos e ônibus fretados. De acordo com o presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena, Banhire Kayapó, a disputa é simbólica e representa um grande reencontro.

“A competição tem mais times participantes este ano. A valorização do futebol das mulheres indígenas é uma forma de nos encontrar, de ver os parentes das outras aldeias. Juntos, a gente faz danças tradicionais e celebra a vida”, explica. 


 
Pesquisador dos povos tradicionais da floresta, o biólogo paulista Kenneri Cezarini Hernandes Alves, mestrando do Museu Emílio Goeldi, esclarece que esse tipo de atividade nas aldeias ajuda a manter a união dos indígenas. 

“Os parentes se encontram, celebram juntos e se reconhecem enquanto protagonistas desse ambiente onde vivem. É dessa forma que eles se fortalecem enquanto povo e mantêm suas atividades tradicionais”, informa.  

O mestrando é acompanhado pelo pesquisador do Museu Goeldi, o doutor Pedro Glécio Lima. O objetivo do estudo in loco é conhecer melhor a flora do território indígena de etnia Kayapó. 



A 3ª Minicopa Feminina de Futebol Kayapó que vai acontecer ano que vem no território indígenas Las Casas.

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