Na manhã desta terça-feira (17), dentre várias ligações recebidas pelo Centro Integrado de Operações (Ciop), da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), uma em especial, chamou atenção dos atendentes que foram acionados para auxiliar em um parto que estava sendo feito em uma residência no bairro do Curucambá, em Ananindeua na Região Metropolitana de Belém.
A ligação foi direcionada ao 3° sargento do Corpo de Bombeiros Militar, Paulo Roberto Damasceno, que fez o atendimento e prestou o auxílio, passando orientações que garantissem a saúde da mãe e do bebê. O atendimento foi a primeira emergência obstétrica que auxiliou.
“Ela se encontrava um pouco em pânico. O trabalho de parto já havia iniciado e o bebê já estava fora da placenta, mas ele ainda estava interligado através do cordão umbilical. Demos as orientações a respeito dos procedimentos de segurança, a inviabilidade de efetuar o corte do cordão umbilical pela insuficiência do material, que poderia ocasionar em uma hemorragia, por exemplo, e tentamos acalmar a situação de um modo geral”, concluiu.
A mulher, de 31 anos, teve o bebê dentro de sua residência e fez a ligação ao canal do 190, para pedir ajuda, durante o parto. Após a ocorrência ser registrada, as equipes direcionaram também uma ambulância até o endereço indicado. Mãe e bebê foram encaminhados para uma unidade hospitalar em Ananindeua.
Para o secretário de Segurança Público e Defesa Social, Ualame Machado, a situação exemplifica o empenho das forças de segurança em fazer um atendimento rápido em casos de emergência. “O atendimento também mostra a humanização e preparo dos agentes para todos os tipos de necessidades em que seja necessário prestar resgate a uma vida”, ressaltou o secretário.
Atendimento e orientação - Segundo o diretor do Centro Integrado de Operações, tenente-coronel PM Felipe Aires, o fluxo de atendimento é essencial para a funcionalidade do serviço e salvamento de vidas.
“Quando ocorre uma ocorrência que necessite de orientação imediata, o call-center aciona o especialista em APH para que ele consiga fazer essas orientações, ainda por telefone, mesmo que a ambulância já esteja em deslocamento. Sabemos que ela vai demorar alguns minutos para chegar no local e é possível salvar uma vida nessas pequenas orientações que, às vezes, por nervosismo ou falta de conhecimento, a pessoa não consegue fazer sozinha”, explicou Aires.
Presente na corporação há dezoito anos e locado no Grupamento Fluvial como Mergulhador, o 3° sargento Paulo Damasceno atua no Centro Integrado de Operações por quase três anos.
Para ele, prestar o esclarecimento das informações é essencial para assegurar a estabilidade dos envolvidos na ocorrência. “Acredito que essa comunicação via Ciop com a vítima, seja em um acidente ou qualquer outro tipo de emergência seja de extrema importância para, em um primeiro momento, tranquilizar a pessoa e depois prestar a orientação até a chegada de um suporte móvel mais avançado para prestar um atendimento adequado”, finalizou o 3° sargento.
Ocorrências - As principais ocorrências referentes ao Ciop são destinadas à Polícia Militar, dentro da segurança, e Corpo de Bombeiros para casos de resgate. Dentro das especialidades do CMB, também está incluso o Atendimento Pré-Hospitalar (APH), voltado para a estabilização antes da chegada da ambulância e que, como no caso do atendimento pós-parto, também inclui auxílio instantâneo na chamada.
Fonte: SEGUP
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