18/09/2023 às 08h52min - Atualizada em 18/09/2023 às 10h00min
Protesto fecha trecho da Alça Viária nesta segunda, 18
A manifestação começou nas primeiras horas da manhã desta segunda-feira
Da redação - com informações de O Liberal
Reprodução Moradores fecharam o km 19 da Alça Viária, no município do Acará, em protesto contra a possível instalação de um aterro sanitário naquela região. O protesto está ocorrendo na manhã desta segunda-feira (18).
Os manifestantes moram nas cidades do Acará e Bujaru. Eles afirmam que existe a possiblidade de ser instalado um aterro sanitário nessa região. Segundo o Movimento Fora Lixão de Bujaru e Acará, o protesto começou por volta de 5h30 e ocorre em um trecho onde, de um lado, é Acará e, do outro, Bujaru. Fica no km 19, em frente à sede da Associação Quilombola Menino Jesus. Há três consórcios tentando ganhar a licitação.
Ainda segundo o movimento, a área de impacto do aterro sanitário que querem instalar em Bujaru, no km 17 ou no Acará, km 32 da Alça Viária, abrange uma população de aproximadamente 8 mil habitantes diretamente, com potencial de contaminar a água da capital do estado, pois está a apenas 13 km da Estação de Abastecimento de Belém e de uma dezena de igarapés, nascentes protegidas, terras quilombolas, com uma população extrativismo em sua maioria.
“O Movimento Fora Lixão de Acará e Bujaru denuncia uma série de crimes ambientais e repudia a implantação de um aterro sanitário vizinho às nossas comunidades. Solicitamos aos órgãos de defesa dos direitos sociais das comunidades tradicionais (quilombolas, extrativistas, agricultores familiares e pescadores) e de fiscalização ambiental, pois está previsto a instalação de um aterro sanitário no município de Bujaru ou Acará, que afetará as comunidades da região do Baixo Acará”, diz o documento elaborado pela coordenação do movimento.
Confira o vídeo: Ainda segundo a coordenação do movimento, “durante este período de luta inúmeros órgãos municipais, estaduais e federais já foram visitados pela coordenação do movimento a fim de buscar apoio e se fazer cumprir a lei, levando-se em consideração o direito à vida com acesso ao meio ambiente saudável, que qualquer projeto precisa seguir as etapas previstas na lei como a consulta prévia que não existiu. Órgãos estaduais não foram escutados, os estudos não foram apresentados. A experiência é desastrosa e muito conhecida, mas foi ignorada”.
No dia 11 de setembro a coordenação do Movimento Fora Lixão de Bujaru e Acará encaminhou ofício ao Ministério Público do Estado. Diz o documento que, “após várias tentativas em vans de reunir com os órgãos competentes sobre a possível instalação do aterro sanitário em áreas de preservação dos municípios do Bujaru do Acará, estaremos fechando a Alça Viária até que nossas reivindicações abaixo sejam cumpridas: cumprimento da convenção 169 da OIT; presença da impressa no dia 18 e em toda as reuniões; estudo de licenciamento ambiental paralelo; estabelecer um perito para analisar as áreas propostas junto com os representantes de movimento; reunir com o MPE, MPF, Ibama, Semas, representantes das empresas e do consórcio da RMB".
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