24/08/2023 às 14h03min - Atualizada em 24/08/2023 às 14h03min

Com 15 dias de greve, professores de Marabá persistem em busca de soluções e melhorias

Educadores da rede municipal de ensino de Marabá ocuparam o Plenário da Câmara Municipal em busca de apoio dos vereadores.

Carlos Yury

Reprodução
Após uma greve que tem chamado a atenção de toda a cidade, educadores da rede municipal de ensino de Marabá ocuparam o Plenário da Câmara Municipal na manhã desta quarta-feira, 23. Portando cartazes com mensagens como "Estamos em greve", os servidores buscaram o apoio dos vereadores para avançar em suas reivindicações junto ao Poder Executivo.

O vereador Ilker Moraes disse que tem acompanhado a greve, mas que não nota o diálogo avançando. “De fato o Governo Municipal sempre usou o argumento que não tem recurso. Agora é dizendo que a Cfem (Compensação Financeira pela Exploração Mineral) e outras receitas estão caindo. Mas, acredito que os números não são esses. A gente entende que a gestão precisa abrir os números da educação de Marabá. Não consigo entender como Palestina do Pará paga o piso e Marabá não consegue. Os recursos são proporcionais. Precisamos que o governo municipal abandone a intenção de não ouvir os educadores. O argumento de que não tem dinheiro tem que ser comprovado. Quando se apresentam os números na prestação de contas o saldo sempre é positivo. Se nós tivermos servidor desvalorizado, não teremos serviço público de qualidade. Precisamos ter os servidores das escolas motivados”, destacou.

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O vereador Marcelo Alves lembrou que o Governo Federal liberou o valor de R$ 160 milhões dos precatórios, e para ele é preciso que os parlamentares reforcem o pedido dos professores para a Justiça Federal, para a liberação do recurso. “Na prestação de contas a arrecadação está subindo. Nós tivemos aumento de 38% na arrecadação em Marabá. Temos de dar uma priorizada, e os servidores há anos não são reconhecidos. Temos de cobrar e vamos fazer isso pela reivindicação justa dos servidores de Marabá”.

Os educadores já realizaram atos em diversos locais estratégicos da cidade, incluindo a frente da Secretaria Municipal de Viação e Obras Públicas, a residência do prefeito Tião Miranda, e a Secretaria Municipal de Educação, além do ato realizado na Câmara Municipal.

A greve, que teve início há cinco dias úteis, já testemunhou cinco atos públicos, incluindo panelaço diante da residência do prefeito. No dia 16 de agosto, os servidores conseguiram uma reunião com o prefeito Tião Miranda, retomando as negociações. Entretanto, eles mantêm a greve, alegando que suas demandas ainda não foram plenamente atendidas.

Até o momento, as seguintes conquistas foram alcançadas:
  • A Secretaria Municipal de Educação (Semed) se comprometeu a apresentar relatórios financeiros que explicarão a redução na folha de pagamento da educação, visando abordar as preocupações relacionadas ao Piso Salarial.
  • A Semed deve apresentar uma proposta para a implementação gradual da hora-atividade, inicialmente sem um impacto financeiro imediato.
  • A reposição das aulas perdidas será garantida com base em um percentual de 20% da carga horária, seguindo um cronograma de revezamento nas escolas.

No entanto, as negociações em relação ao vale alimentação permanecem em aberto com o governo municipal.

A persistência dos educadores em sua busca por melhores condições de trabalho, salários dignos e melhorias na infraestrutura escolar destaca a importância da educação na comunidade e coloca a pressão sobre as autoridades para encontrar uma solução satisfatória para ambas as partes.

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