29/05/2023 às 09h18min - Atualizada em 29/05/2023 às 09h18min
Avião de igreja e usado por políticos é interceptado com drogas no aeroporto de Belém
A aeronave é usada pelo ex-deputado federal Josué Bengtson e por seu filho, Paulo Bengtson, também ex-deputado federal
Carlos Yury - com informações do blog Diógenes
Divulgação/PF A Polícia Federal prendeu um homem em flagrante neste sábado (27) por tráfico interestadual de drogas. O suspeito foi preso no aeroporto de Belém enquanto tentava transportar dentro de um avião 290 quilos de skunk, um tipo de maconha concentrada.
O Conselho Estadual da Igreja Quadrangular assumiu a propriedade do avião que foi apreendido pela Polícia Federal transportando 290 quilos de skunk. A informação foi divulgada através do jornalista Diógenes, em seu blog, neste domingo, 28.
Conforme a publicação, a Igreja também teria informado em nota, que foram eles mesmos que acionaram a Polícia Federal, assim que souberam qual era o teor da carga que seria transportada pelo suspeito. O homem acusado de levar os entorpecentes foi preso em flagrante, na área de voos particulares do hangar no momento em que a aeronave se preparava para decolar. Segundo a PF, a mercadoria seria levada para outro estado. A droga seria levada de avião monomotor e ocupava todo o espaço que sobrava na aeronave, além dos assentos para um passageiro e o piloto. O forte odor indicava que o avião já estava carregado havia horas, aguardando a decolagem.
A aeronave é usada pelo ex-deputado federal Josué Bengtson e por seu filho, Paulo Bengtson, também ex-deputado federal e hoje integrante do governo do Pará, como titular da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme).
O Conselho da Quadrangular disse ainda que o homem, que ainda não teve a identidade revelada, não tinha autorização da igreja para tal, e que até então, a aeronave teria sido alugada para transportar peças de trator, pois, as principais lideranças da igreja estão nos EUA, participando de eventos alusivos aos 100 anos da congregação e o aluguel do avião seria para ajudar a custear o hangar, a manutenção e demais custos que a aeronave tem, e que os responsáveis por ela estão autorizados a alugá-la.
Um inquérito foi aberto para apurar detalhes da circunstância do crime. O piloto foi solto porque não foi verificada participação dele no crime. A aeronave e o celular do preso foram apreendidos. ACOMPANHE O JORNAL PARÁ
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Divulgação/PF
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