Imigração cresce no Brasil e venezuelanos se tornam maioria entre estrangeiros

Número de imigrantes e brasileiros naturalizados no Brasil chega a 1 milhão, segundo dados oficiais

27/06/2025 10h19 - Atualizado há 1 dia

Imigração cresce no Brasil e venezuelanos se tornam maioria entre estrangeiros
Ag. Brasil
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O Brasil registrou cerca de 1 milhão de estrangeiros e brasileiros naturalizados vivendo no país em 2022, segundo o Censo Demográfico do IBGE. Do total, 793 mil são estrangeiros e 216,3 mil são pessoas nascidas fora do Brasil que se naturalizaram. O grupo mais numeroso atualmente é formado por venezuelanos, que somam 271,5 mil residentes — um crescimento expressivo em comparação com 2010, quando eram apenas 2,9 mil. Portugueses aparecem em seguida, com 104,3 mil pessoas, seguidos por bolivianos, paraguaios, haitianos e argentinos.

A maioria dos imigrantes chegou ao país nos últimos dez anos, com destaque para o período entre 2018 e 2022, quando cerca de 400 mil se estabeleceram no Brasil. O fluxo migratório recente é predominantemente latino-americano, representando 72% do total. Roraima concentra a maior proporção de estrangeiros na população local (12%), enquanto São Paulo abriga o maior número absoluto. O crescimento reflete mudanças nos fluxos migratórios, com a Venezuela sendo o principal país de origem dos novos residentes.

Cerca de 1 milhão de pessoas de origem estrangeira viviam no Brasil em 2022, entre imigrantes e brasileiros naturalizados. Os dados são do Censo Demográfico de 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (27).

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Do total, aproximadamente 793 mil são estrangeiros que residem no país e 216,3 mil são pessoas nascidas fora do Brasil, mas que adquiriram a nacionalidade brasileira.

A presença venezuelana no Brasil cresceu de forma expressiva e passou a ser o grupo mais numeroso de estrangeiros residentes, com 271,5 mil pessoas — número quase 100 vezes maior do que em 2010, quando somavam apenas 2,9 mil. Até então, os portugueses lideravam esse ranking, mas passaram para a segunda posição, com 104,3 mil residentes.

Aumento contínuo desde 2010
Em relação ao Censo de 2010, houve um crescimento de 70% no número de estrangeiros e naturalizados. À época, foram registrados 592,6 mil. O número de 2022 também é o maior desde 1980, quando havia 1,11 milhão de pessoas nessa condição no país.

Grande parte dos imigrantes e naturalizados que vivem no Brasil atualmente chegou nos últimos anos. Cerca de 400 mil se estabeleceram entre 2018 e 2022, enquanto outros 150 mil chegaram no período de 2013 a 2017.

Nacionalidades mais presentes
Após venezuelanos e portugueses, destacam-se os bolivianos (80,3 mil), paraguaios (58,3 mil), haitianos (57,4 mil) e argentinos (42,6 mil). Os latino-americanos, inclusive, representam a maioria entre os imigrantes, somando cerca de 646 mil — o equivalente a dois terços do total.

Entre as nacionalidades fora da América Latina, os grupos mais numerosos são: japoneses (39 mil), italianos (30,2 mil), chineses (23,8 mil), estadunidenses (23,3 mil) e espanhóis (23,1 mil).

Distribuição regional
Roraima, estado que faz fronteira com a Venezuela, apresentou a maior proporção de estrangeiros em relação à população local: cerca de 12% em 2022 — índice que em 2010 era inferior a 1%.

Em São Paulo, a maior cidade do país, o número absoluto é o mais elevado: aproximadamente 350 mil estrangeiros ou naturalizados vivem no estado. Nas demais unidades da federação, a participação dos estrangeiros na população é inferior a 2%.

Origem dos fluxos migratórios recentes
O Censo 2022 também avaliou o deslocamento de pessoas que viviam no exterior em 2017 e passaram a morar no Brasil até 2022. Esse levantamento inclui tanto estrangeiros quanto brasileiros que retornaram ao país.

Ao todo, cerca de 457 mil pessoas fizeram esse movimento migratório no período, número superior ao registrado entre 2005 e 2010 (268 mil). A maioria veio da Venezuela, com 199,1 mil pessoas. Em comparação, no período anterior, apenas 1,9 mil imigrantes vieram daquele país.

Outros fluxos migratórios relevantes vieram dos Estados Unidos (28 mil), Bolívia (23,9 mil), Haiti (23,5 mil), Paraguai (18,7 mil), Argentina (15,7 mil), Colômbia (15,7 mil) e Portugal (13,6 mil).

Em 2022, os países da América Latina responderam por 72% do fluxo migratório recente, mais do que o dobro da proporção registrada em 2010, que foi de 27,3%.

Fonte: Ag. Brasil

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