A Prefeitura de Parauapebas criou, por meio de decreto municipal, ainda durante a gestão do prefeito afastado Darci Lermen, a criação do Parque Natural Municipal Maria Bonita. A unidade de conservação de proteção integral é uma parceria entre a Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) e Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma).
Localizado entre os bairros Alvorá e Nova Carajás, numa área de 110,47 hectares, o parque possui 121 espécies de aves, como a arara azul grande, que está em risco de extinção, a jacupiranga e a maria bonita, que dá nome ao parque.
A maria bonita (Taeniotriccus abdrei) é uma espécie endêmica da região amazônica, mas visualizada apenas no Mato Grosso e no Pará, sendo Parauapebas o município com maior número de avistamentos.
A criação do parque tem como finalidade proteger o conjunto paisagístico, ecológico, promover a proteção, recuperação dos recursos naturais, garantir a ocupação ordenada do solo, possibilitar a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação ambiental e turismo ecológico, de acordo com o decreto municipal.
A prefeitura também considera a necessidade de formação de corredores ecológicos ou mosaicos de unidades de conservação na área urbana do município de Parauapebas e a necessidade de aumentar a proteção legal sobre áreas de relevante interesse ambiental.
Pelo decreto, entre as medidas que devem ser adotadas pela Semma estão: elaborar o Plano de Manejo e Zoneamento Ecológico e Econômico do Parque Maria Bonita, que norteará e definirá as atividades permitidas, restringidas e proibidas no âmbito da Unidade de Proteção Integral; e utilizar instrumentos legais e recursos financeiros, incentivos governamentais ou não, visando à proteção, conservação e recuperação ambiental da unidade de conservação, bem como o uso racional dos recursos naturais pautados no desenvolvimento sustentável e melhoria da qualidade de vida da população do Município;
O decreto prevê a criação, por ato do Poder Executivo, da Coordenadoria Especial de Áreas Protegidas, vinculada à Semma, que será responsável pela gestão das unidades de conservação municipal e demais áreas protegidas.
Com a criação da unidade de conservação, os benefícios à população vão além da proteção do patrimônio natural e cultural do município, segundo a UFRA. O parque irá diversificar a economia local, aumentar a oferta de empregos e de renda para a comunidade com o ecoturismo, estimular a manufatura de bens locais, valorizar os imóveis circunvizinhos, irá proteger nascentes e cursos d’água, diversificar e integrar o espaço construído, valorizando o visual do ambiente urbano.