O DIEESE divulgou, nesta quinta-feira (10), um estudo sobre os impactos do pagamento do 13º salário na economia dos estados brasileiros. O departamento reuniu dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), ambos do Ministério do Trabalho e Previdência.
A instituição estima que cerca de R$ 4,9 bilhões de reais deverão ser injetados na economia paraense neste final de ano, nas duas parcelas do 13º salário. O valor representa 2,1% do PIB estadual.
Não há distinção dos casos de categorias que recebem parte do 13º antecipadamente, conforme definido, por exemplo, em acordo coletivo de trabalho (ACT) ou convenção coletiva de trabalho (CCT). Considera-se, também, o total do valor recebido por beneficiários do INSS, independentemente do montante que já tenha sido pago. Assim, os dados constituem projeção do volume total de 13º salário que entrará na economia ao longo do ano, e não necessariamente nos dois últimos meses de 2022. Entretanto, o entendimento é que a maior parte do valor referente ao 13º seja paga no final do ano.
Também foram consideradas informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PnadC), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), da Previdência Social e da Secretaria do Tesouro Nacional (STN).
O DIEESE não leva em conta trabalhadores autônomos, assalariados sem carteira ou trabalhadores com outras formas de inserção no mercado de trabalho que, eventualmente, recebem algum tipo de abono de fim de ano, uma vez que não há dados disponíveis sobre esses valores.