“Esta história era sua o tempo todo, você só não sabia”, uma das frases mais impactantes do filme dita ao Rocket em uma das várias cenas emocionantes de Guardiões da Galáxia vol. 3. O nosso querido guaxinim, que sempre foi usado como um alívio cômico, desta vez, surge em seu lado mais dramático e o quanto sua história é central e importante. Usando o personagem como o centro emocional do terceiro filme da franquia, o diretor e roteirista James Gunn encerra sua trilogia com uma história bem construída sob medida para arrancar lágrimas de felicidade e tristeza — do público.
Risco a dizer que Guardiões da Galáxia vol. 3 é um dos melhores filmes e mais emocionantes da Marvel desde ‘Os Vingadores: Ultimato’. Todos os atores protagonistas dominam suas cenas com emoção genuína de luto e despedida. A identidade visual é impecável, os cenários espaciais são um dos mais bonitos do estúdio. Precisamos falar da trilha sonora que casa muito bem com o filme e toda narrativa dos personagens, o ponto alto é na cena final quando toca ‘Dog Days Are Over’ da Florence + the Machine, impossível não se arrepiar.
Por que o filme é triste? - Mexeu com animais, ficamos sensíveis — O filme tem como ponto central a história do personagem Rocket, o guaxinim (Bradley Cooper), que foi torturado por anos em testes em laboratório até se tornar um dos Guardiões. A trama lembra os espectadores que todos os animais merecem ter uma vida cheia de amor e liberdade debaixo do céu aberto, ao invés de presos em jaulas de laboratórios.
O James Gunn por meio do personagem Rocket conseguiu despertar um ponto muito importante e pouco falado que são os maus tratos aos animais e a tortura realizada em testes laboratoriais, assim evidenciando a personalidade de vários animais vulneráveis que passam por experimentos todos os dias.
O filme consegue captar muito bem o apelo emocional que tornou a franquia tão amada pelos fãs. Apresenta uma boa dose de humor, que se equilibra com momentos tristes e emocionantes, que fazem o público se conectar ainda mais com os personagens.
O grande desafio de Guardiões da Galáxia - era reconquistar o coração dos fãs de super-heróis e conseguiu com muita maestria. Isso porque a Marvel vinha enfrentando duras críticas em relação à qualidade dos últimos filmes e tentava deixar para trás a decepção dos fãs com as produções da 4ª fase do Universo Cinematográfico da Marvel (MCU).
A dinâmica bem construída entre os personagens principais da trama te fazem parecer como membro da família, isso mostra o quanto os personagem da franquia se tornaram cativantes. Seja em diálogos mais profundos ou pequenas referências, ou em falas de bom tom — como Rocket ter um apelido carinhoso para um membro inesperado do grupo, ou pela primeira vez do Groot falando “Eu te amo”. De fato eles se complementam, seja no campo de batalha, “numa armadilha ou confronto” ou na administração de Luganenhum.
Vilões? Temos! - Grande vilão do filme, o Alto Evolucionário é um personagem muito bem construído que faltava na trilogia dos Guardiões. Mais ameaçador que Ronan (Lee Pace) e menos caricato que Ego (Kurt Russell). É o tipo de vilão que você torce e vibra para os Guardiões acabarem com ele. O cientista é responsável por fazer torturas e genocídio e o torna um dos melhores antagonista do MCU.
A história de Guardiões da Galáxia Vol. 3 - O amado grupo de desajustados busca se estabelecer em Lugar Nenhum, mas não demora muito para que suas vidas sejam reviradas pelos ecos do passado turbulento de Rocket (Bradley Cooper). Ainda se recuperando da perda de Gamora (Zoe Saldana), após os acontecimentos de Vingadores: Guerra Infinita (2018), Peter Quill (Chris Pratt) reúne sua equipe para defender o universo e um companheiro de equipe. Mas esta missão pode significar o fim dos Guardiões como conhecemos, se ela não for bem-sucedida. O personagem que tem o grande destaque nesse longa é o Rocket Racoon. Nos filmes anteriores o grande foco era no Personagem Peter Quill, mas agora quem tem mais destaque é Rockett.
Este é o último filme do roteirista e diretor James Gunn para a Marvel. A partir de agora, o cineasta atuará na DC Studios e está encarregado da direção do novo Superman.