A corda do Círio 2022 chega à capital paraense nesta quinta, dia 22, por volta das 10h. Um dos principais ícones da festividade, que este ano voltará a ser usada nas duas maiores e mais tradicionais procissões, o Círio e a Trasladação. Por conta dos dois últimos anos de pandemia, com a ausência das procissões e da Imagem Peregrina nas ruas, a corda foi adquirida pela Diretoria da Festa de Nazaré, mas foi apenas exposta para que os fiéis que normalmente fazem seus pagamentos de promessas com ela, dessem prosseguimento a esta tradição, mesmo que de forma diferenciada.
“A nossa expectativa é grande para utilizá-la nas duas procissões, estamos trabalhando com esta intenção, mas é claro que para isso se confirmar precisaremos analisar o cenário da saúde e as diretrizes dos órgãos de segurança mais próximo das procissões”, avalia Antônio Sousa, diretor de procissões.
A corda foi produzida em Santa Catarina, na cidade de Penha, como nos anos anteriores. A empresa responsável é a Itacorda e a Expresso Vida Transporte foi a responsável pela chegada em Belém. Um dos símbolos que representam a fé dos devotos de Nossa Senhora de Nazaré é de sisal, tem 800 metros de comprimento com 50 milímetros de diâmetro. A corda chega em Belém dividida em duas partes de 400 metros, para Trasladação e Círio cada. Ela já vem adaptada às estações de metal que auxiliam no traslado das berlindas durante as romarias.
Revisão da corda
Já no dia 24 de setembro, a partir das 15h, a Diretoria da Festa de Nazaré e a Guarda de Nazaré realizam uma revisão geral na Corda do Círio. A vistoria, que será realizada no colégio Santa Catarina de Sena, em Nazaré, visa checar detalhes do ícone da festa de Nazaré como argolas, nós e estações, além da medição dos 800 metros da corda, para saber se estão em perfeitas condições.
Histórico – A corda passou a fazer parte do Círio em 1885, quando uma enchente da Baía do Guajará alagou a orla desde próximo ao Ver-o-Peso até as Mercês, no momento da procissão, fazendo com que a berlinda ficasse atolada e os cavalos não conseguissem puxá-la. Os animais então foram desatrelados e um comerciante local emprestou uma corda para que os fiéis puxassem a berlinda. Desde então, foi incorporada às festividades e passou a ser o elo entre Nossa Senhora de Nazaré e os fiéis.