20/09/2022 às 20h08min - Atualizada em 20/09/2022 às 20h08min

Aneel aprova mudança no cálculo das tarifas de transmissão de energia em apenas 0,8% para o Norte

Segundo a agência, o objetivo da mudança é buscar o equilíbrio de pagamento entre os usuários da rede de transmissão de energia

Luciana Carvalho

Reprodução/ Alepa
Nesta terça-feira (20), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou novas regras no cálculo das tarifas de transmissão de energia elétrica. A medida beneficiará os consumidores do Norte e do Nordeste. As informações são do portal G1.

De acordo com a agência, o objetivo da mudança é buscar o equilíbrio de pagamento entre os usuários da rede de transmissão de energia. O relator do processo, diretor Hélvio Neves Guerra, disse que a regra atual fazia com que os usuários do Norte e do Nordeste pagassem mais do que deveriam pela transmissão, enquanto os geradores dessas regiões estavam pagando menos. “O sistema de transmissão é um condomínio onde custo é distribuído entre todos os usuários. Se o gerador paga menos, o consumidor paga mais”, explicou.


Como as usinas instaladas nas regiões Norte e Nordeste produzem a maior quantidade de energia do país, os consumidores deixarão de pagar R$ 1,23 bilhão por ano no uso da rede de transmissão. Isso significa um alívio nas tarifas de 2,4%, em média a menos para os consumidores da região Nordeste e de apenas 0,8%, em média para o Norte. No entanto, a redução só será sentida integralmente pelos consumidores em 2028, após o período de transição, que será de cinco anos.

Por outro lado, as geradoras de energia distantes dos grandes centros de consumo vão passar a pagar mais, uma vez que usam mais a rede de transmissão. Nos últimos anos, com a entrada da usina hidrelétrica de Belo Monte em operação na Região Norte, além de diversas usinas eólicas no Nordeste, a geração de energia das duas regiões passou a ser superior à demanda local.

Assim, o excesso passou a ser exportado para o Sudeste, Centro-Oeste e Sul. A Associação Brasileira de Energia Eólica (AbEEólica) entrou na Justiça para barrar a mudança, mas não obteve resultado favorável.
 
(Luciana Carvalho, estagiária da Redação sob supervisão do jornalista Yuri Siqueira).

  
 
 
 
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