Atletas paraenses precisam de ajuda para disputar campeonato sul-americano de karatê

Os adolescentes integram a seleção da Confederação Brasileira de Karatê. O campeonato será na próxima semana, no Equador.

Mayra Leal
12/04/2022 13h15 - Atualizado em 12/04/2022 às 13h15

Atletas paraenses precisam de ajuda para disputar campeonato sul-americano de karatê
Crédito: Arquivo Pessoal

Três adolescentes paraenses estão na seleção da Confederação Brasileira de Karatê (CBK), que representará o país no campeonato sul-americano na próxima semana, de 19 a 24 de abril, em Guaiaquil, no Equador. Péricles Nogueira, 14 anos, Manuela Oliveira, 12 anos e Nicolas Magalhães, 15 anos, foram selecionados na etapa nacional que ocorreu no mês passado em Caucaia, região metropolitana de Fortaleza, no Ceará. Mas para disputarem o campeonato internacional precisam de ajuda financeira. Entre passagens, hospedagem e alimentação, os custos da viagem chegam a R$ 15 mil por atleta. As famílias estão correndo atrás de apoio, uma vaquinha e até festa beneficente já foram realizadas, porém cada atleta ainda precisa de mais de R$ 5 mil para a viagem.




É a terceira vez que Péricles vai disputar um campeonato internacional. Ele já participou de dois pan-americanos. O primeiro, em 2018, em Lima, no Peru, quando conquistou a medalha de bronze. E o segundo, em 2019, na Colômbia, no qual alcançou o primeiro lugar. “A expectativa está muito boa, a gente treina muito pra isso e acredito que a gente vai conseguir um resultado muito bom nesse campeonato”, conta o adolescente. De acordo com a mãe dele, a comerciante Renata Siqueira, antes da pandemia, a Confederação arcava com os custos da viagem, mas agora isso passou a ser responsabilidade dos atletas. “A seleção brasileira dá o apoio, o suporte, a equipe técnica toda, o uniforme, mas ela não dá os custos da viagem”, explica Renata. 
No último domingo, os pais dos adolescentes realizaram uma festa beneficente, na qual conseguiram arrecadar parte dos recursos necessários. Na ocasião, a Prefeitura de Belém se responsabilizou por custear a passagem dos atletas, mas ainda falta a alimentação, hospedagem e a passagem do responsável, visto que os lutadores são menores de idade. “A gente está precisando muito de ajuda ainda. A hospedagem precisa ser paga em dólar e só o hotel no Equador está dando 400 dólares, quase 4 mil reais”, pede Renata. Antes de seguirem para o Equador, os adolescentes também participam de treinamentos junto à seleção brasileira, em Manaus, capital do Amazonas. Gastos que também entram nessa conta.



Desde os três anos, Manuela já vestia o kimono. Aos quatro anos, foi campeã brasileira pela primeira vez, disputando contra adversárias mais velhas, da categoria de 9 a 11 anos, porque na idade dela não tinha nenhuma menina para competir. Aos 9, tornou-se faixa preta e foi a atleta mais jovem do Brasil a ganhar a faixa pela Associação Japonesa de Karatê (JKS). Manuela já competiu em outros campeonatos sul-americanos por essa federação, mas pela Confederação Brasileira de Karatê é a primeira vez. Feito muito comemorado, porque a CBK é a confederação ligada ao Comitê Olímpico. “Para mim é muito importante, porque talvez seja um passo para eu poder ir para as Olimpíadas no futuro. Estou muito feliz por ter conseguido me classificar, estou treinando bastante e eu acho que vou conseguir trazer medalha. Estou confiante”, destaca a menina.


Aos 15 anos, Nicolas Magalhães, é um dos integrantes da delegação. Faixa preta, luta karatê desde os três anos de idade. É a primeira vez que ele irá participar do sul-americano da Confederação Brasileira de Karatê (CBK), já havia competido em campeonatos internacionais por outras federações. O jovem está na expectativa para a disputa. “É uma sensação muito boa, porque eu consegui a vaga depois de treinar muito. Vai ser muito importante para mim e vou tentar dar o meu melhor para poder conseguir a vitória. Eu estou trabalhando duro, treinando bem focado para a competição e para medalhar”, comentou. 
O pai de Nicolas, o gestor Rodolfo Magalhães, conta que o período entre a seletiva nacional e o campeonato sul-americano foi muito curto, por isso as famílias dos atletas estão correndo contra o tempo para levantar os recursos necessários. “Depois do treinamento eles tiveram 20 dias para treinar e para procurar parcerias e apoio para custear as passagens e toda a viagem. Só a passagem de cada atleta ficou em torno de 6 mil reais, mas tem também a do responsável. É um recurso muito grande”, destaca Rodolfo, contando que os lutadores também procuraram apoio das secretarias de esporte do Governo do Estado e da Prefeitura de Belém.
Os atletas viajam para o Equador na próxima segunda-feira, 18. De acordo com Manuela, os últimos dias têm sido corridos, mas de bastante foco. “Eu e os meninos estamos treinando bastante, sempre que podemos e sempre que tem horário, de manhã, de noite, no fim de semana. A gente está se esforçando muito, só a gente sabe o que está passando, tanto para conseguir ir para lá, quanto para perder peso, treinar e conciliar com os estudos. Mas a gente está se esforçando para trazer medalhas para o nosso estado e país”, ressalta a atleta. 

O Sul-americano de Karatê será realizado entre os dias 19 e 24 de abril. Se os atletas conseguirem medalhas, garantem classificação para o campeonato Pan-Americano, que será realizado no México. De lá, podem se classificar para a disputa do campeonato mundial, na Turquia.
 
Serviço:
Interessados em contribuir com a viagem dos atletas, podem entrar em contato com a família. Telefones: (93) 98409-7030 -Lorena / (91) 99966-6142- Renata/ (91) 98290-0411- Rodolfo

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