Expedição percorre Paleocanal do Tocantins para avaliar criação de áreas de conservação

Iniciativa envolveu comunidades locais e discutiu impactos ambientais em Marabá, Itupiranga e Nova Ipixuna

06/06/2025 11h20 - Atualizado há 2 semanas

Expedição percorre Paleocanal do Tocantins para avaliar criação de áreas de conservação
MPPA
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No dia 3 de junho, uma expedição percorreu áreas do Paleocanal do Rio Tocantins, nos municípios de Marabá, Itupiranga e Nova Ipixuna, para avaliar locais que poderão se tornar Unidades de Conservação. A ação contou com a participação do Ministério Público do Pará (MPPA), ICMBio, Semma Marabá e representantes locais. Durante o percurso, foram discutidos problemas ambientais como desmatamento, pesca predatória e assoreamento, além de iniciativas sustentáveis realizadas por comunidades ribeirinhas. Também foram levantadas propostas para apoio à produção local e recuperação ambiental, como mapeamento de nascentes, controle de espécies invasoras e distribuição de mudas e sementes.

Uma expedição técnica realizada no último dia 3 de junho percorreu trechos do Paleocanal do Rio Tocantins, abrangendo áreas nos municípios de Marabá, Itupiranga e Nova Ipixuna. A atividade teve como objetivo o reconhecimento de locais que poderão compor futuras Unidades de Conservação na região sudeste do Pará.

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A iniciativa, que integrou a programação da Semana do Meio Ambiente, contou com a participação de representantes do Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) de Marabá, além de lideranças locais.

Durante o trajeto, as equipes visitaram pontos de interesse ambiental como o Rio Cametaú Grande, o Lago Preto e o Lago do Carrapato. Os participantes observaram áreas de relevância ecológica e debateram impactos ambientais recorrentes na região, incluindo pesca predatória, uso irregular da água, desmatamento de Áreas de Preservação Permanente (APPs), além de processos de erosão e assoreamento nas margens do Rio Tocantins.

Também foram visitadas comunidades ribeirinhas onde são desenvolvidas práticas sustentáveis, como o Sistema Agroflorestal (SAF) mantido pelo produtor Antônio, e a base do Projeto Quelônios, da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), em Nova Ipixuna.

De acordo com a promotora de Justiça Agrária, Alexssandra Mardegan, o contato direto com os territórios ajuda a compreender as demandas locais e identificar alternativas que conciliem proteção ambiental com justiça social e apoio à produção sustentável.

A promotora de Justiça Ambiental, Josélia Leontina, destacou que o acompanhamento presencial reforça a necessidade de políticas públicas dialogadas com as comunidades e de medidas que garantam a conservação dos recursos naturais da região.

Entre os encaminhamentos levantados durante a expedição, estão propostas como a implantação de sistemas de irrigação, doação de mudas e sementes, aproveitamento de madeira apreendida, controle de espécies invasoras no Lago Preto, análise da qualidade da água e mapeamento de nascentes com foco em ações de recuperação ambiental.

A atividade integra um conjunto de esforços para consolidar um modelo de gestão ambiental que respeite as especificidades locais e fortaleça o papel das comunidades ribeirinhas na preservação dos seus territórios.

Fonte: MPPA

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