Subiu para dez o número de macacos-de-cheiro (Saimiri sciureus) encontrados mortos no Bosque Rodrigues Alves. Nesta segunda-feira, 14, mais dois foram encontrados. Um deles foi filmado agonizando na calçada do parque. O animal chegou a ser resgatado por uma equipe do bosque, mas não resistiu. O corpo do outro macaco foi encontrado dentro do espaço.
No começo do mês, no dia 3 de junho, oito macacos apareceram mortos. Os animais foram encaminhados para necrópsia no Centro de Controle de Zoonoses e na Universidade Federal Rudal da Amazônia. A análise feita em parceria com o Instituto Evandro Chagas descartou a presença dos vírus da raiva e da febre amarela nos animais.
A Secretaria de Saúde Municipal ainda aguarda o laudo complementar da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) para descobrir a causa das mortes.
Alimentação
A principal hipótese é a de que os óbitos estejam ligados à intoxicação alimentar já que os animais costumam comer alimentos dados por quem passa no local.
Por isso, a administração do bosque reforçou a campanha para que a população não alimente os animais. Cartazes foram colocados nas grades do espaço, evidenciando a proibição.
Novas medidas
O número de animais mortos representa cerca de 13% da população da espécie, que vive de forma livre no bosque. A partir de hoje, 14, os profissionais do espaço iniciarão um trabalho de captura dos macaquinhos, que serão colocados em cativeiro, onde ficarão em observação e passarão por análises clínicas e exames.
Enquanto o laudo com a causa das mortes não sair, o Bosque Rodrigues Alves permanecerá fechado para visitas.