07/06/2022 às 15h32min - Atualizada em 07/06/2022 às 15h32min

Forças Armadas e órgãos de segurança pública apreendem 202 mil toneladas de minério, 308 quilos de cocaína e 600 pílulas de ecstasy

Operação Ágata Norte intensifica ações de combate a crimes transfronteiriços e ambientais no Pará, Amapá e Maranhão

Redação
Com informações de Ascom/Comando Operação Ágata Norte

Parte da droga apreendida durante a operação.

Em uma verdadeira imersão pelo ar, rios e estradas, homens das forças armadas apreenderam 202 mil toneladas de minérios (manganês, cobre e cassiterita), na Vila do Conde, em Barcarena, no nordeste paraense, durante a Operação Ágata Norte, que visa promover ações preventivas e repressivas contra delitos transfronteiriços e ambientais nos estados do Pará, Amapá e Maranhão. 

 

Durante a operação, no período de 1 a 6 de junho, os agentes apreenderam 308 kg de cocaína e 1.300 kg de pescado, além de 112 m³ de madeira; 7.600 caixas de cigarro; 53 embarcações e 11 veículos; e 4 motosserras. Também foi interceptada uma embarcação que transportava 26 kg de maconha e 600 pílulas de ecstasy, sendo encontradas doze pessoas de origem cubana que saíram do Suriname em direção ao Brasil. 

 

“Nossa fronteira marítima vai até a zona econômica exclusiva, ou seja, até quatrocentos quilômetros da nossa costa. Além disso, inclui os quatro portos que são importantes em nossa região: Santarém, Vila do Conde, Santana no Amapá e Itaqui no Maranhão, que são os principais locais de atuação. Nós temos uma área de mais de cinco mil quilômetros de rios navegáveis e zonas estreitas. Por isso, foi necessário um planejamento detalhado de longo tempo por todos os profissionais envolvidos na operação”, explica o Vice-Almirante Edgar Luiz Siqueira Barbosa, Comandante do 4º Distrito Naval, que comandou o conjunto da Operação Ágata Norte, formado por Marinha do Brasil, Exército Brasileiro e Força Aérea Brasileira.

 

A missão da Ágata Norte 2022 é coibir e combater delitos na fronteira marítima até o limite da Zona Econômica Exclusiva, incluindo portos, e na fronteira terrestre, tais como: narcotráfico e crime organizado; contrabando e descaminho; pistas de pouso clandestinas; imigração ilegal (coiotes); pesca ilegal; garimpo e exploração de recursos minerais ilegais; exploração e transporte de madeira ilegal; pontos de desmatamentos; biopirataria e tráficos de animais selvagens.

 

As atividades envolveram mais de 3.000 pessoas, entre civis e militares das Forças Armadas e dos órgãos de Segurança Pública e Fiscalização, mais de 40 meios navais, 52 terrestres e 6 aéreos. As ações são desenvolvidas em uma área equivalente a 1,7 milhão de km² de área terrestre, 1 milhão de km² de área marítima, 5.500 km de rios navegáveis, 1.800 km de litoral e 1.300 km de fronteira terrestre.
 

As operações conjuntas são necessárias para aumentar a presença do Estado em locais de baixa densidade populacional e infraestrutura incipiente, bem como para atuar em ações coordenadas, a fim de somar esforços de forma estratégica, contribuindo para a segurança da região.

 

A Operação faz parte do Programa de Proteção Integrada de Fronteiras, sendo organizada pelo Ministério da Defesa e realizada em coordenação com órgãos federais e estaduais, bem como agências de segurança pública e ambientais.     


 
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