O mês de junho chegou e com ele a atenção para os riscos da realização de fogueiras e do uso de fogos de artifício durante o período de São João. O Corpo de Bombeiros Militar do Pará alerta para os artefatos usados nas brincadeiras, que fazem parte das tradições de festas juninas e merecem cautela devido aos riscos de acidentes e incêndios.
O Corpo de Bombeiros intensifica as vistorias para verificar a questão da segurança contra incêndios e emergências. A corporação realiza vistorias em hospitais, supermercados, escritórios, prédios, academias e outros estabelecimentos. Em junho, a fiscalização é direcionada para as lojas que comercializam fogos de artifício, assim como, em outubro, no período do Círio de Nossa Senhora de Nazaré, e em dezembro, em função das festas de final do ano.
O Major Israel Souza, do Corpo de Bombeiros, explica que uma das principais orientações destinadas ao público, no período junino, envolve a procedência dos fogos de artifício. O rojão, considerado um dos produtos mais procurados do período, segundo o Major, deve ser adquirido mediante os requisitos de segurança.
"Os fogos de artifício merecem um cuidado a mais são produtos perigosos e toda atenção tem que ser redobrada para que as pessoas não sofram um acidente, principalmente de queimaduras - dependendo do tipo do rojão, ele pode provocar queimaduras de terceiro grau. Alguns rojões tem um poder de detonação muito grande devido ao poder calorífico muito alto, é importante verificar as instruções do produto", alerta.
De acordo com informações do CBMPA, a variedade dos fogos de artifício é classificada entre as classes A a D. As subdivisões compreende os níveis de periculosidade de cada um dos artefatos, cuja composição envolve produtos pólvoras e inflamáveis, que, se mal utilizados, podem causar danos à saúde, como queimaduras de terceiro grau e causar incêndios.
"A classe A é classificada por produtos que não contém muita pólvora e não esquentam muito, conhecidos como estalinho e podem ser usado por crianças, já a classe B, tem um pouco mais de pólvora e uma detonação considerável, como as bombinhas de pequeno porte e necessitam de uma classe indicativa maior, geralmente usadas por adolescentes, ainda sim, alertamos o uso com a supervisão de uma pessoa adulta. A classe C são os fogos de artifício que só podem ser utilizados por adultos e a classe D responsável por ter grande volume de pólvora, somente usado por profissionais legalmente habilitados que são os profissionais blaster", informa.
A vistoria que fiscaliza as medidas de segurança contra incêndio e emergências são realizadas pelos bombeiros, mas a licença para venda de itens explosivos é de responsabilidade do Exército.
O Major também alerta para a importância do público seguir as diretrizes básicas de segurança, e evitar as 'gambiarras' na hora de soltar os rojões. "Alguns procedimentos podem colocar um grande risco, como por exemplo, o uso de acessórios para prolongar o rojão como um galho, uma vara, não faça isso, as pessoas também costumam colocar dentro de recipientes como latas, garrafas, apoiam em pedras com o risco de derrubar o artefato e potencializar acidentes. Importante informar que, se você utilizou um fogo de artifício e ele não acendeu, não tente reutilizar, esse é um acidente muito comum", alerta.
Cuidados recomendados pelo Corpo de Bombeiros: - Ler as instruções da embalagem do produto. Cada tipo de produto requer um manuseio diferenciado;
- Não soltar rojões com as mãos. Utilize sempre o suporte de apoio que, obrigatoriamente, deve estar na embalagem. Certifique-se de que ele está bem fixado na base para não cair ou provocar acidentes graves. Se possível, utilize um tijolo ou pedras para fortalecer a base;
- De forma alguma solte fogos em ambientes fechados, embaixo de árvores, fiações elétricas ou próximo de animais;
- Não permita que crianças soltem quaisquer tipos de fogos, mesmo com a supervisão de um adulto;
- Em caso de queimaduras, não utilize creme dental ou manteiga no local afetado.
"Orientamos para que as pessoas possam passar pelo período junino com muita diversão, em caso de acidente ou incidente que ocorra, ligue para o número 193 os nossos profissionais estão treinados e com toda a logística e procedimentos adequados para atender", informa o major Israel Souza.
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